Tevê à manivela
“Não jogar a toalha é que é a questão. Ou será que já zeramos a coisa para melhor passar?” 1.2.3.4. Placar final 4x3 o que já se era imaginado no que se podia ter se tornado o “Julgamento do Século” no Brasil. Claro, como nunca antes! E não foi, repetimos, como do esperado aguardado sobre a cassação da “Chapa Dilma&Temer 2014” pelo TSE deu no que deu. Aplausos para o glorioso e impiedoso Supremo que emplacou mais uma. Não fosse a perspicácia do seu relator ministro Herman Benjamin a saraivada de denúncias teria ido aos extremos. Nesta fala, o duro é que todos sabiam – e sabem – de provas não incluídas da Odebrecht no então processo e que manterá a cobertura de novo embate, agora, ou talvez, para a Câmara dos Deputados resolver. Página virada? Esperamos que não, principalmente por parte de “supremos dispostos a lutar pela verdade”, como de Gilmar Mendes ou do “degolador” Nicolao Dino, só para registrar na lista dos seus entendimentos. Página virada, claro que não. Um governo ungido à base de caixa dois, via caixa um, a indicação só podia mesmo ser aquela da propina institucionalizada que beira o país! Candidaturas então bancadas por meio empreiteiras temos às dúzias perdidas de notícias. Coisa que eleger mais alguém, por exemplo, numa geral para 2018 deve também entrar na pauta de interrogações. Tanto que os nossos políticos enrolados com denúncias na Lava Jato querem o pacote fechado. “Você vota em um deles e leva uma bagagem de ´malas´ por completo”. Vale a confiança para entrar neste futuro ringue, do jeito com que a coisa – emperra – da máquina caminha? 1.2.3.4. Um brilhante Quatro a três até mesmo daquilo que sabe-se como fraudado mas que muitos vão preferir levar para a sepultura de outras falcatruas politiqueiras. Ou que só faltam dizer que o jogo é limpo? Daí outro porque da frequência repetitiva de que está tudo declarado no Tribunal Eleitoral. Negar as acusações, balelas até mesmo por conta da carne ($) que é fraca. O povo é que se vire para pagar-lhes as contas até o último dia D suas aposentadorias. Afinal, somos obrigados ainda a votar. No obrigatório da lei que tange e tinge o país em furtas/grosseiras cores, timbrados, caleidoscópios e mesmo nos afins! Numa breve filosofia de ponta de estoque, aqui, pessimista e cético por natureza que sou: “Quanto a esperança? Ora, igual a um pisca-pisca de lojas de fast foods de esquina! Ora apaga, ora acende e pisca! Por vezes parece que só pisca. Vai que dias destes soframos mais uma noite de apagão em rede nacional”... – Mas como, Abuelito, não fizeram novo pedido de vista sobre isso? Nem mesmo de vistas grossas e deixar a coisa descambar ladeira abaixo desse jeito? Principalmente no Brasil que está voltando aos trilhos, com mais de 14 milhões de desempregados, as reformas aí pedindo passagem na voz do presidente enrolado, senadores, suplentes “malas”, carregando malas de propinas... – Por ordem do assunto, o que mais pretendem é zerar os zeros. Tanto os da direita como aqueles da esquerda, e fingir que tudo de agora em diante vai correr bem. Até mesmo com aquelas que se espremem pelos meios sem fim! Vai vendo, mas só não joguem a toalha para as tais vistas além daquilo que esteja mais embaçado!
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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