Tevê à manivela
“Nossos dedicados e confiáveis políticos querem mais dinheiro, querem mais Fundo Partidário para bancar suas campanhas! Alguém duvida do tamanho da cifra de R$ 819 milhões para distribuição Orçamental 2017 entre eles? No mais está tudo sobre controle, sem faltar nada”. Certo modo quanto aos nossos politicamente corretos – não duvidemos! – do que eles tem em mente. Tanto que talvez até prometam trabalhar melhor – em grupos – para seguir as normas de outros países dentro nesse quesito. Companheirismo? Esquerda, direita, meia bola?, ops, volver! Ocorre que os parlamentares não querem sair perdendo nada! A tal “Lista Negra” Rodrigo do Janot que espere lá por volta o ano 2022 e que permaneça bem engavetada, digitalizada, para não pegar poeira. Se o Mensalão esperou 10 anos porque não dar uma folga também nesse escalão de dezenas de denunciados pela Lava Jato – 3 anos, puxa, no mata-mata do contra a corrupção que parece “Cupim” ou “Maminhas”! – que tem dado para lá de certo embora aqueles que querem barrar o abnegado juiz Moro e Federais. Partidos de ponta a ponta e em pleno andamento surgem de panelada. Bem mais do que a 100 de segunda tiragem. Aqueles, na “Planta”... Resultado, o eleitor (nesse quesito, claro) vota no pacote fechado e ai daquele que reclamar sobre pesos e medidas adjacentes quem sabe e bem além mais o que! Ou será que não somos uma “Democracia Exemplar” ou que deixamos de confiar que ainda temos chance? Confiáveis, não custa frisar ao preço/cabeça de custo mês/benefícios garantidos, ademais aposentadorias supremas (in vitro), como de tubos de ensaio de cada um. Uma verdadeira maravilha de Congresso e Plenário. Digo, de cenário. Mas claro, se a carne ainda é fraca, relaxemos! Passar a coisa a limpo e em pratos limpos é que não deixa de ser a questão. Ou será que mudamos algo do bem dizer que também somos aquilo que comemos? E mais! Daquilo que os “Agros” produzem, que nos enfiam goela abaixo devido a um peso sinistro que caiu na balança. Na hora da pesagem até orelha de frango não escapa. Porém, não para a casa dos 160 países que fatiam a parte melhor do mugido do boi. – Mas o Michel Temer pagou a conta da churrascaria? Carne importada de primeira para os convivas? E não de segunda linhagem! Pagou em dinheiro, no cheque ou no cartão “corporativo” da Casa? Note que estamos cortando mesmo a mortadela! – Talvez até vamos ficar devendo esta resposta. Pendurar no prego, no fiado, ou em ticket restaurante é que não foi. Imagine só um presidente pedir fiado! Mas que a Cúpula Acompanhante aprovou, aprovou! Nenhuma unha encravada, cabeça de porco, quanto menos salsinha encaracolada ou embutidos de papelão...
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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