Tevê à manivela
– Querida, as contas não fecham... – Então, que permaneçam em abertas, oras! Nada e, portanto, sem querer refazer o transformer da pergunta se o Pitágoras também fazia uso dos ´nós´ dos dedos para ajudar no fechamento das contas de final de mês, não custa observarmos uma vírgula a mais com aqueles encorajados que dizem ter o ´precinho´ certo, que cabe no seu bolso! Menos convincente, oferecendo um ´descontão´ – assim, ó, desse tamanho – naquilo que eu jamais tencionaria comprar. Principalmente dentro desse capítulo assombroso da crise porque passamos em pesos, massas e medidas populacionais. Se o prato de sopa desce bem à essa altura e ranhura estomacal, wow! Sopa desce apetitosa até na ponta do garfo! E que assegurem os gourmets e master chefs de cozinha (“pré olímpicos”) televisivos render sempre uma porção a mais. Sopão, ora essa, só se for de caldo ralo à base de pé/mãozinha/orelha de galinha e todo cuidado é pouco para não vir pingentes em meio ao saco hermeticamente bem esterilizado de miúdos. A falência, pois, não é somente dos negócios. Da estaca que prescrita na maquiagem de governo não tinha como evitar. E bom! Mas só para novo desencalhe de assunto nessa desdita mal emperrada – à base da nossa manivela, né! – porém, quando insinuam que meias verdades mais meias mentiras acabam mesmo resultando numa história daquelas que jamais (ou como nunca antes, na praxe, claro) contadas antes também é fato. E se é fato é foto. Em síntese! Do lado de lá eles sorriem, aproximam os números e quem paga a conta não fica difícil de soletrar. Tanto que a receita “Pão e Circo” ainda deva imperar muito por aqui. Sucede ainda que no destempero e do jeito que nossa opereta politicamente correta caminha coisa que não custa é admirar certas cenas já às vésperas de eleições municipais que estão aí. Teatrais, mambembes? Quando tudo o mais – o que não é por menos – quase nada bate com nada. Em política, óbvio, não se fala a mesma língua entre partidos a não ser a soma de puxões de orelhas tipo bumb jump! Puxam os “abanos” e voltam rapidinho no lugar. Como se não tivesse acontecido nada. Como sempre foi...
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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