Tevê à manivela
“Muitos citam que às vezes é melhor pingar do que secar”. Já no tocante àquela indiscutível frase se melhorar estraga, pior do que está quem é que garante que não fica? E por ordem em épocas atuais poder garantir aquele bom estado de espírito continua sendo a mais prolongada das missões. Porém, correm boatos – sempre corre algum até por conta da ordem do dia – que parece da coisa da nossa máquina pública dar sinais de melhoras na sala “UTI Financeira Brasil”. Correm boatos, seja uma vez mais dito, até por contingências da eventualidade, um acaso, fundamento da incerteza do que pode ou não acontecer em dia de votação em Plenário para surprise de líderes partidários na ala dos aliados e dos ´preferenciáveis´ da tropa da Zelite. Os mais chegados, hã!? – Mas qual foi mesmo à boa pergunta ora feita na escala da raiz quadrada dos números juntamente com o zero à esquerda? Que disse? Por certo todos os políticos são honestos. E esqueçam o peso da negativa por trás das suas consciências. Eles só estão seguindo as ordens, o esquema. Barganhando ora aqui, ora ali e acolá! Agora se da primeira bonificação, um agrado de empreiteiras, petroleiras, muitos não esquecem nunca, outro grande detalhe é que a maioria (bolas, não vamos ser tão dramáticos, digamos, 99,9%) não são imunes a virtuosas tentações rentáveis. Os tais “Caixas Extras” não foram criados para juntar vazios e poeira. Quanto menos cachês de horas bem trabalhadas, verbas paletó, auxílio moradia e de outras partículas mais! O que para o pobre do proletariado na casa do desconfigurado “Mínimo” sempre fica naquela de querer avançar uma casa a mais! Num breve instante de reclame, aqui, sem plim plim, “dó mesmo foi só de ouvir falar que o Juvenal quase morreu”. Ô dó que deu também em saber que agora não acendemos apenas uma vela para o finado Dariu no conto de Dalton Trevisan! Milhões de brasileiros desafiam esse risco – Brasil? – com a realidade diária. Do pão que comemos certamente não é mais apenas aquele que o padeiro amassou. Nada engraçado para o que disse o FHC que nosso salário é dos melhores em termos de produtividade. E quem é o tal “boca mole”, respeitado, que nunca meteu a mão em cumbuca alheia alguma durante dois mandatos presidenciais, hein? Sem querer esticar muito na conversa de praxe – adivinha onde? – verdade é que na terra do nunca no meio político nunca se sabe é aonde eles podem chegar. No mais: “Hey, Plínio, cadê o Marcos?” Vamos ou não vamos poder confiar no STF para a série crescente de julgamentos que não saem do papel? Óbvio, “como nunca antes”, tão bem engavetados na batida do martelo? Risinhos à parte a PF manda prender e supremos que lá estão mandam soltar e haja produção futura e em longa escala para as tais tornozeleiras teleguiadas. Em tempo! Política por aqui é realmente assim que funciona. Cheia de concordâncias verbais R$ e troca de favores, enquanto os suados pingados sempre sobram na mão vazia do povo. Corrigindo com a maior taxa de tributos que pagamos, se é que sobra algum pelo menos pro saco de arroz e feijão! Ademais é olho por olho, dente por dentadura, alho por bugalho com aquilo que mais ordenar o Seu Ernesto em parceria partidária com o tal de Carvalho! Pingou, chorou...
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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