Tevê à manivela
Incontinências à parte na onda dos plantonistas e contestantes virtuais em ação nas redes sociais é que muitos haverão de perguntar em forma de resposta até mesmo de frente para o retrovisor via mundis, “a ocasião continua fazendo o ladrão?” O que para outros tantos menos pessimistas é que devem estar do tipo “pronto, o jeito é ajustar o nó cego da gravata, calçar aquele sapato batido e recomeçar tudo de novo”. Porque de filosofias, esperanças futuras, vamos saber quando. Coisa nada menos claro da paciência que até então tinha seus limites, os ajustes fiscais disfarçados estão aí. Ou seja, ao governo o que é do governo – e aos seus eleitos – como sempre foi. E se lá fora países mais atentos, FMI, dizem que o Brasil gasta demais com o aval da presidenta Dilma, ora essa, é porque não tem de menos. Não é o país da contra riqueza, da educação? Dos ´apliques` fantasmagóricos que não assombram em nada? Pasmem. Aonde é que pode ser realmente aplicada a tal da honestidade – já incluso o principal Lula deles – com o peso da palavra. Incrível reafirmar que de afora o nosso atraso em doze anos parece que tudo parou. O que não deixa de ser dose para (chutar?) cachorro morto ao tempo em que entusiastas da turma do “está tudo bem, tudo declarado”, logo deve de estar para você também. Trair, ora essa, todo mundo auto se trai pelo menos uma vez na vida para evitar apontar o dedo duro no nariz do outro. Lulístas e defensores do tal Partido 13 colocam até o dedo ausente no fogo pela causa! Mas como, mais um pouco da pitada de otimismo versus pessimismo quanto ao nosso mais alto grau de propinas e falcatruas despejadas diariamente na cara da sociedade, em especial no bolso do pobre e desempregado trabalhador? Se até bem pouco tempo alguém escreveram por aí que o bom senso é o senso do momento, agora, deixou de ser! Os fiéis da “Rede de Mentiras” viraram heróis... Da lógica à não lógica. Em ação! “Esse sítio não é meu, é do meu amigo de infância”, arremete o nosso ex-presidente da honestidade como que na voz do Rubens Falcão. Tem seus limites/dias de horas visitas só para companheiros! Desculpeiras adiante, limites da gozação acima de qualquer suspeita, propinas devidamente declaradas, antenas Oi (Alguém está me ouvindo? Tem sinal R$ na linha via Satélite), o juiz Sergio Moro no centro das investigações do “A Jato” segue firme? O tríplex inabitado até por fantasmas, a criação de patos, hortaliças... e por aí vai! Mas também fica na cabeça de muitos: “caramba, não temos justiça aplicável em curto prazo mesmo!” Vamos viver de que, então? Repasses de propinas, idem, voltamos a questionar ante a missão no rol de empreiteiras, superfaturamentos na casa dos milhões, Rede de Ladrões na Petrobras, etecetera, coisa e tal, quando resta a gente confirmar, acredito, que dos grãos desse saco furado estamos comendo só os bicos! Porém, o que mais afugenta o período é mesmo o índice de repetência. Ah, sim! E por falar em índice de repetência a corrupção continua em ascensão, obrigado por não ter deixado isso passar em branco mais uma vez por aqui! Já pensou a honestidade – qual a empregada pelo Lula em grosso calibre de voz – passar para as mãos de outro sucessor! Certamente ia ser um horror para outro juiz de punho conseguir resolver. E que comer desse doce melado financeiro de tabela apenas uma vez deve ser doloroso...
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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