Tevê à manivela
Só para efeito do dedo indicador no gatilho dos nossos infalíveis controles remotos, aquilo que é reprise dentro da lista dos inéditos nunca passa batido, sim! Or not? E por onde meras coincidências costumam sempre fazer volume dentro das caixas pretas, a pergunta: “Pegadinhas colhidas nos esconderijos da Internet garantem a sobrevivências das emissoras?” Com direito a show de risos e tira teima de quem apresenta? Não por menos, nem por mal cabe ao consumidor e que dia destes comemorou-se 50 anos da invenção da engenhoca brasileira e que do preto e branco saltou para o colorido, ora digital, para ser idem aproveitada entre 4 paredes. Novidades em criatividades? Raras. Raríssimas. Episódios a parte porque só mudam mesmo de roupa, certo modo, e no tal do troca-troca de personagens. Nada de mais! Mas vamos lá! Externas ou internas elas estão aí para preencher até os vazios de plenos e insossos Domingões etc. e reticências em família! Luz no fim do túnel? Nada de válvulas de escape? Or Deepy? Pois sim, um novo palco. Escândalos de governo que estreiam a cada dia já não é mais novidade como ponta de estoque. Luz, claquete, ação. Gravando. A presidenta cai ou não cai? Cai o pano? E se cai, logo, também é bem capaz de cair – como vem caindo – o piano de muita gente de papas na língua e de mãos cheias R$ no que por respeito e honestidade deveriam servir de exemplo. Com isso, por certo, não avançamos em nenhuma casa. Recuamos várias. Dado o temo do quanto evoluímos – nossos representantes eleitos estão aí para o que der e vier – fartas, tapas e beijos não faltam. Ricochetes? Alhures. Registre-se algo dos grãos mestres que orquestram todo esse espetáculo e que não querem perder o poder nunca. Daí, como filosofou o romano Lucrécio, “O que é alimento para uns para outros é veneno”. Melhor cardápio do que este – ou seria menu? – pois não encontramos em qualquer barraquinha de beira de estrada, certo? Em épocas de eleições é batata. Tudo parece estar tão limpo e maravilhoso, que sequer precisa ser polido, reconhecido pelo povo. Do contrário pode dar chabu! Dos bravos, brava gente. Dos bravos... Porquanto os novos empalhadores (nossa vamos ter um time de advogados) para defender a mulher que dizem ser atrapalhada? Por acaso um 7x1 de revanche? Dilma versus Oposição? Eduardo “Enrolado” Cunha ao toque de Renan Calheiros e espectadores atentos da Casa? Parada dura para o círculo de fogo em evidência na terra do nunca antes, mas, só um pouquinho mais. Por certo, não apenas e por obra de um pequeno rolo compressor. Nas ruas, nos lares e nos bares é assunto de pauta. Nas redes sociais esbanjam resmungos e mais resmungos. Claro, podendo ser exemplarmente compartilhado. Se nós tivemos um impeachment Collorido nos anos 90´s agora podemos ter um mega Estrelado! Hã... Ademã e de leve que a caravana ainda passa e que cavalo não desce escada – no caso do tal for manco pior ainda – e como a profundidade do buraco negro não pode ser medida em toda sua dimensão vamos ter muito do que acompanhar. Porque só de pensar em participar de uma corrida de 100 metros super rasos, por hora, fora de cogitação. E para que fazer uso do cronômetro se as coisas, paradas do jeito que estão – não se fala em outra coisa, a culpa é da crise, saber como driblar esse fantasma não é produto de ocasião, questão de honra, Percival! E nada de pensar em espreguiçadeira, o futuro é imprevisível. Quanto aos chiados num Brasil aos mais altos custos, sem benefícios, tudo – idem – também não é tão imprevisível? De resto, oras, de resto a merenda à base de pipoca e algodão doce está servida. Só faltou a groselha hiper e bem vitaminada na ofertada da casa.
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
|