Meu amigo Ênio Reis me deu o título de vereador sem salário. Já o amigo Celsinho de Almeida me elege como vice-prefeito nas próximas eleições. Estou arranjado! Mui amigos vocês! Mas vamos lá! Há tempo venho resistindo ao “glorioso cargo” que o Ênio me deu, mas hoje venho aceitar o título, e já me sinto o “dono da cocada preta”, sem modéstia, prepotente, e já apresentando o meu projeto de lei... E assim começa a sessão: Ordem do Dia da 11ª Sessão Ordinária, a realizar-se já, aqui e agora, nesse local: - Projeto de Lei do Legislativo Sem Salário nº 01/15, de autoria do vereador sem salário, Julinho Mendes – PVSS (Partido do Vereador Sem Salário), que, sem delongas e autoritário, já aprova e manda executar a seguinte lei: “Deverá todos os ônibus escolares ou os outros que transportam alunos, a conter, em lugar visível, a seguinte informação: ‘Caros alunos, ao descer, saiam pela traseira do ônibus e esperem o ônibus sair, pois isso evitará acidente gravíssimo e até fatal, levando-os para o cemitério, sem direito a celular e videogame”. O cartaz informativo deverá ainda ser colocado em todas as salas de aulas do município. A lei complementa e contempla ainda um curso de qualificação a professores e principalmente à motoristas, a instruir a criançada, a saírem pela parte de trás dos ônibus’”. Lei promulgada, pronto e acabou! - Sr. Prefeito, Sr. Secretário de Transporte, podem aplicar a lei o mais breve possível, e não tirem o negrito grifado da mensagem, porque senão, a criançada não vai dar bolas para o comunicado. A “monologia” acima, embora cômica é pra expressar preocupação e alerta, pois vou na “monologia” abaixo, que passa a ser “bilogia” (nunca vi essa palavra, mas se tem “mono”, tem que ter “bi”, “tri”...), relatar o seguinte: Dia 17/4/15, por coincidência ou não, por duas vezes, na parte da manhã: uma na estrada do Monte Valério e outro na estrada do Corcovado, com ônibus diferentes, presenciei crianças (alunos) desembarcando, digo, desembusando, pois é ônibus e não barco, saindo e atravessando à frente do ônibus escolar. Eu, prevenido e atento que estava, fui buzinando a minha moto, para alertar e prevenir um grave acidente. Já tinham, descontraidamente, atravessado umas três crianças, pela frente do ônibus (amarelinho e escrito ESCOLAR). Não sei se nos ônibus escolares e outros do nosso município apresentam algum aviso desses, se existe, está faltando um trabalho de educação e conscientização por parte da escola, por parte da prefeitura com seus motoristas e também por parte dos pais dos alunos. Se existe, acho que não tem a necessidade de se fazer LEI (poupando assim o Vereador COM SALÁRIO de “trabalhar”), basta apenas a boa vontade, o trabalho e a agilidade de se aplicar a “lei” natural e óbvia que este “escrevinhador” cidadão (agora vereador que junta-se a outros, sem salário), indica na “monologia” primeira. Fica encerrada a sessão ordinária, ou ordinária sessão de hoje. Agora passo para a terceira “monologia”, que nessas alturas, já é trilogia: Não sei por que, o emprego da palavra ou expressão “ordinário ou ordinária”. Eu não gosto! Talvez seja trauma de criança, quando minha mãe me mandava fazer um trabalho, um servicinho qualquer e eu não o fazia, e depois eu chegava pedindo dinheiro para comprar balas, ela então pregava: - Vai fazer primeiro o serviço que lhe pedi seu ordinário! - E me lascava um beliscão pelo corpo. Vou propor, na próxima sessão, a retirada da palavra “ordinária”, na divulgação dos trabalhos da casa de lei dos Vereadores Sem Salário. Já que trabalhamos sem salário, não é justo recebermos um “ordinário ou ordinária” pela cara. Nós SEM SALÁRIO não merecemos isso!
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