Tevê à manivela
Carnavalescas ora colocadas de lado, para muitos a folia alegria ainda continua – tem que durar o ano inteiro, doa a quem nos bolsos doer... – o pós cinzas de enredo também vem a calhar. Barracos entre os foliões das ruas, alguns turbinados, baseados adicionados mais em que ritmo para dar maior emoção ao clima, em pouco tudo passa a ganhar seus rumos. Se Vai, Vai! Se uma vez ficou, logo, ficou. O ressacol do dia seguinte, afinal, sempre entra na fila de espera. Daqui a pouco garantem mais! Quando perguntamos de costumeiro tamanho: “Alguma coisa disso tudo tem a ver com aquele nosso outro duplo sentido, de repente empregado em segundo, terceiro ato” Carrego minhas dúvidas quanto ao bloco dos esquecidos, dos que saíram à deriva, feito eu! Uma sombra, sei lá, sem muita ação? E dá-lhe ziriguidum nível alegria, folia e vice-versa. O ano parece que agora finalmente vai começar com a gama de pesadelos. CPI´s temos aos gargalos! E já que a escolha de Sofia foi feita (isto posto no plural) pela nossa presidenta Dilma acuada, uma outra linha na terra do nunca antes. Brevíssima! “Correr contra o tempo é uma coisa, já correr a passos largos contra a parede pode ocasionar numa reação contrária”. Bem contrária. Que continuem soando as cornetas porque eu não recuo em dizer que há males que caminham sempre na mesma direção. Quando, na rima em tom maior, cortar de todo o mal pela raiz em épocas de escândalos bilionários porque atravessamos é que é a questão. Também disse e questionei, idem, outro dia: “Mas, e se começar a chover canivete, devemos abrir o guarda-chuva ou não devemos abrir o guarda-chuva?” Agora, ao acaso de mais essa bomba estourar na minha mão não sei o que vai me acontecer. Eu sei, mas não devia! Por via do acaso continuamos “levytando” com as estrelas, com os discursos em vão. E se eu sei, eles (os nossos politicamente corretos) sabem de tudo. Tudo é consequência de uma tal de herança maldita. Daquela vinda com a poeira da história. Não fosse isso, Alice estaria sorrindo melhor no país da corrupção. Outra? No mata-mata? De tabela, a frase – com ou sem crase, que ninguém por aqui é de ferro: “Tudo isso é ´furto` do meu trabalho” – certamente diria aquele bom e honesto político sendo investigado, como daquele outro na forma de holograma que continua invicto, afirmando nunca ter estado com liderança, advogado do diabo algum, ops, para sonegar, acuar denúncias. Há quem desaponte de um sósia de voz rouca, acostumado a palanques por aí! Avante! Insônia profunda, todos temos. Vagas lembranças? Bem dizer uma vez na vida e outra na sorte, faz parte de um conhecido show! O Petróleo nunca foi nosso, grife-se ao peso do “ouro negro” com as enlameadas do pré-sal Lula. – Enfim, querida, encontramos a agulha no meio do paliteiro! O duro foi achar o dito utensílio doméstico em pleno dia de mudança. Para quem não entendeu a nova jogada de filmagem de governo tente rebobinar outra vez. Mas lembre-se que errar não é ter que seguir, coincidentemente, regra o tempo todo, seguindo no embalo do outro. Pense, o que é micro, também faz grande sentido, ganhar novo rumo!
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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