Tevê à manivela
Se com as sobras de ontem garantimos aquele desjejum de fazer encher a barriga goela abaixo, imagine só o tamanho da omelete na sorte de encontrar ½ dúzias de ovos no freezer pós festanças de união de final de ano. Vale aqui a nossa deixa encorajativa, de abertura? Cabeças pensantes, afinal, é o que mais encontramos e vamos ouvir falar muito desta rodada de posse. Diplomados? E porque eu haveria de ditar uma nova receita, água, alho, óleo e sal a gosto, para degustar logo de saída no prato do dia. Ana Maria Braga, te cuida! Não menos efusivos, filosofantes do que antes, dentro do novo capítulo a ser estrelado, leia-se, “Os Iluminados”, que acabam de chegar por indicação da presidenta reeleita, na sinopse de abertura, alguns já veem Levy(tando) altos tributos; outros, que trabalhar de graça, por amor ao professorado, é a pedida. Não precisamos mais comer somente o arroz, o feijão, a salada e ovo frito no prato. Comer giz e soprar a poeira do apagador é bem mais cômodo a ter que ir ao refeitório, hã, Senhor ´Cid` Educação! Divergências ´kassabianas` à parte, os sacrifícios econômicos começam a apontar. Adeus até mesmo ao nosso minguado ´latifúndio`, aquele existiu por aqui. Portanto, segundo a nossa nova empossada ministra da Agricultura, perguntamos: “Ficamos, então, com o ´Grandefúndio`, já deserdando o antes ´minifúndio`? Os Iluminados veem aí”, eu disse. E mais gente deve estar rosnando. A pau e pedra, mas devem. Experiência! Coisa que por hora só estamos acompanhando as preliminares, haja visto, seja dito, comemorado e bem humorados, 2015 começou – para quem esqueceu de olhar na folhinha do gás, da mercearia! –, e rola o barco, a canoa e a barcarola. Muito pelo que, nesta fase de abertura, a herança maldita D.R. ainda continua na mesa. Bom, não dá para esquecer do joio derramado no joio. A Casa também precisa ser passada a limpo. Mais dia, menos dia, faça sol ou faça chuva – e mesmo que desabe canivete sobre nossas ´umbrellas` – o pacotão chega cheio, engatado na ressaca de virada. Sem esquecer, claro, que na merenda oferecida por eles (Puxa vida!, só faltou o ´Ministério do Tiririca`), começa, não custa repetir, a auto distribuir cotoveladas na sessão do mata fome zero, do prato fundo lulista, observe-se, numa boa porção de abobrinhas. Receitas básicas, de saída, para quê lá no meu Ap Duplex que virou Triplex? Já que todos os Chefs de cuisine conhecem a pitada aritmética (financeira) do tempero, o mingau de fubá também começa a ser servido. Fila por ordem de chamada, sim! Adiantemos lá das demais fórmulas que podem começar a fazer bucho, tapar o sol com a desempenadeira agora chama a atenção, porém, vamos crescer. Senão crescer é recessão. Brindemos mais um estouro Cidra do lado economês: “Essa turma Renovada, certamente pela sorridente Dilma, composta (idem) por indicação de largada... vai levantar – ou seria levitar – toda a engrenagem Brasil. Aquela perdida sabe-se lá onde”. – Hein, se no mínimo, no mínimo, tudo ainda continua o máximo? Aguardem novas declarações dos ´39 Iluminados´, que no próximo bloco explicamos e não é coisa de desmanche, escândalos anteriores, não. Tudo renovado. Até mesmo com as sobras de ontê para garantir aquele desjejum dada a falta dos ovos remexidos. Afinal, desde antes, do novo projeto “Dilmaravilhas” e seus afins, a pitada de sal ainda continua a gosto!
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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