Tevê à manivela
Na melhor das hipóteses só de pensar em contar tudo de trás para frente é bom observar que o resultado pode ser bem diferente. O que ter-se também um leque de opções à disposição, no segundo, terceiro, sentido da palavra, não significa de você sair por aí se abanando todo, pensando descobrir a hélice giratória da coisa. Fenômenos nem sempre são naturais. Claro, se tiver que dar sumiço em certas palavras, despistá-las do seu vocabulário – e se andas lá dando duro no processo de repetência crônica/aguda – recorra. A última palavra hoje em dia também é aquela que petrifica sua comunicação on line, lembre-se, idem, ou que a mitológica Medusa sequer precisou abrir a boca, mostrar a língua de monstro tônico do sexo feminino para petrificar alguém com sua beleza instantânea. Via internet o processo não deve ser muito diferente! Porque de cair numa armadilha tudo pode estar a um clique do seu mouse bem como do seu teclado invertido e favor não confundir o mesmo (teclado, oras!) virado ao contrário. Agora só para não perder o fio da meada do que anda rodando por esse imenso Brasil de cores mil, dia desses comemoramos sessão solene do “Prêmio Transparência e Fiscalização Pública 2014” dentre outros aplausos mais com o “Dia da Democracia” (8/12), encostando na rabeira de outro dia. O “DIA INTERNACIONAL CONTRA A CORRUPÇÃO” (9/12), que certamente esta vai continuar por muito, auto processando, com o porque de não ser “dia nacional” na cabeça de muitos. Adiante, e reposicionando a frase histórica/hipotética Lulista: “Nunca antes na história deste país” vimos vazar tanto ´ouro negro` com as ´verdinhas` por esses paraísos fiscais mundo afora. Visto pelo que se não há nenhum culpado na casa, tudo invenção, denúncias vazias, sem precedentes, sem noção acusatória, por que é que estão denunciando tanto? Tudo não passa de um mal entendido de verbas, premiações deliberadas, “caixinhas-2, 3, 4”, que desviaram por fora, sem maldade alguma. Financiamentos a mais para os vitoriosos em campanha presidencial, ora essa, as contas foram devidamente comprovadas na ponta do lápis – borracha? Ops. Então, o que queremos nós os menos mortais além de desmembrar os enlaces da corrupção à realidade. Vai vendo, Abuelito! Que muitas vezes da gente pegar o bonde da história andando pode ocasionar numa montanha de ossos quebrados, enferrujados, sem as macas dos SUS para não tumultuar a passagem que a nossa saúde – das mais auditivas – passa bem e obrigado por terem perguntado. Eles – os nossos governantes – estão sorrindo. Como tal, ao partido “PP” tudo o mais ao que for do “PP” no jogo de denúncias! Olha o rolo compressor aí, gente! Enfim, o país (dos finalmente) continua sendo sacudido pelas investigações que revelam os segredos da incurável corrupção e agora contamos com um juiz paranaense, Sergio Moro, nível implacável, competente, que com aspirações “repercute na sociedade com marretadas de indignação nesse castelo de propinas que se emergiu na administração da Petrobras nos últimos anos”, captamos de bom tamanho do senador Álvaro Dias. Por certo como nunca visto antes – e não mais do que antes – na versão que acabamos de dizer logo acima. “E toda a unanimidade, Nelson Rodrigues, como é que fica? Naquele mesmo patamar, balançando as orelhas?” A Dilma declarou: “sei de tudo”. Porém, não fosse pela força da “Lei do Esquecimento”, da suposta compra de votos, não teria dado gato, surgido dedos duros! Do renomado ´bolsa` que embolsa na conta dos sete, sem importar a cor que ele esteja sendo pintado nesse dia... O curioso disto tudo não é ser 100% curioso. O curioso é ser decifrado, ao pé da letra, há quem relute naquilo que eles na pele de Vossas Excelências repetem, repetem, e, por via das dúvidas vivem repetindo com um novo escândalo em andamento e que precisa ser solucionado. Com esse bombardeado como escândalo maior do mundo, bá! Maior até mesmo com aquele do “Trem Pagador”, mas que em outros – na outra “bancada” de quartéis de construtoras – que irão ter que responder nesse exato momento. O país é rico, lembremos, rico e dos melhores acertados e (re)distribuídos em benefícios – R$ próprios e aquém. De cor e salteado! – Falar russo, eu? Que nada! Em épocas de tudo tão express atuais é um “Very good”, um breve “the books on the table”, digo, na tela do micro e com o que mais pedir a rede em mais uma nova operação. Anda, passa o rolo...
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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