Tevê à manivela
Elementar ou não, meu caro Watson, que frente a toda essa evolução dentro desse nosso “Admirável Mundo Computadorizado Novo”, só de pensar de você ter lido apenas a metade da frase não significa que entendeu tudo. Dois parágrafos por inteiro seria exigir tarefa das mais duras! Enfim, a pressa em vencer a velocidade da máquina, da luz, é incrível. Acabamos ficando somente pela metade mesmo. Incrível, repetimos. Muito incrível, Silvio. “Mamãe, dia destes eu também quero ´bombar` na Internet e ver como isso funciona”. Propina eu nunca plantei e não deixe que me joguem sal grosso por causa da pressão, o doutor Max Well falou! Mas vamos seguindo – linha a linha – ainda que não apenas aquela do tempo – e do vento – que o tempo é tudo. Os tablets, smartphones, WhatsApp sempre frenéticos, desde os mais humildes celulares “pré pagos” (do tipo só recebem ligações, “pai de santo”), não podem parar um só segundo! Sair esticando o fio da tomada por aí é o que ninguém deseja, verdade? E lá temos que diferenciar o abstrato do não abstrato a essa altura do campeonato, se teclar, afundar os botões, preocupar-se com o jogo do empurra, o tamanho do bueiro, ops, com o período de apagão mental!? Atenção! O sinal amarelou de novo. Olha a faixa dos pedestres... Acuda. Se o seu provedor for dos bons, maior velocidade não lhe faltará. Mesmo que alguém faça gracinha, te desliguem da tomada ou apaguem a luz e você imagine que o pisca-pisca natalino chegou magnético. Repentino. E sejamos breves que tinta virtual não se dissolve assim de uma vez. Costuma dar para fazer pelo menos uma boa releitura da coisa. Sossegue! Voilá! Que de tudo o mais de denúncias e mais denúncias que estão sendo noticiadas por aí, porém, não significa ser o fim, abreviamos. Quanto mais a gente estica, o caldo fica ralo. Ralo e sem gosto. Daí só de pensar em seguir o refrão “onde come um, comem dois, três”, passou dessa medida alguém sai sempre procurando o gosto ao risco de quem preparou quem sabe a moqueca do robalo, o empanado de Lula, com os línguas curtas de Brasília. Para aqueles que nunca experimentaram, sopa de abobrinhas e de espinafre não costuma matar a fome zero de imediato. Duas por uma? Para fechar a jogada? Pitacos de governo mal resolvidos uma vírgula. Oposição! E se o tamanho são os ossos do artifício, o milho que eles tem a oferecer nem sempre é entregue aos bons de bico. Despistar o juízo com a “Lei dos mais espertos”, ora, nem descongelando a alta dos preços com o seu, o meu, o nosso salário-mínimo na lista dos congelados. Ah, nessa, idem, esqueça o maçarico, o manual de instruções. Sequer o riso dos banguelas são poupados ao grupo da ganância com esse tal de “Clube” que formaram por aí para espalharem e depositarem rios de dólares pelos Banks. Paraísos fiscais, esses guichês e banqueiros que adoraram enriquecer à sombra do Tio Patinhas. Hein? Um pequeno flash black que postei essa semana na “rede ocupacional”? Ou teria sido na outra semana, quase já passando do meio dia: “Os políticos jamais faltam com a verdade. Quando preciso eles investigam até mesmo uns aos outros”. Acrescente-se o bônus “sem dó nem piedade”. Agora, tirem as crianças e os mais velhos da sala e de frente as tevês. Fechem todas as portas e tranquem as janelas a sete chaves e volte ao que você estava fazendo. Afinal, admirável, porém, mundo novo que somos todos “nozes”! Computadorizados 24 horas D/N além dos combinados extras nada remunerados!
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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