Tevê à manivela
Bem longe e tão distante de querer soprar alguma nota nova e de a quantas estamos por esses quatro cantos, onde o poder dos quatro ventos seguem às mil, haveria eu – simples mortal, hoje na irreversível casa dos “enta” – discutir que Mary Jane jamais quis se passar por Maria Joana? Surpreso com o enxame, em rede crescente, é bom grifar aos desavisados antes que o capítulo anterior consuma com os que estão em processo de ´investigação`, enumerá-los, ora essa. Os corruptos e corruptores no vice e versa da ambição crescem rios de dinheiro maravilha. Coisa que da minha parte, por enquanto, só tenha conseguido me livrar de um horrível blazer xadrez na ala dos mais acomodados (que se retirem?) no cabide de guarda-roupa, porém sem nunca ter encabeçado o papel de Mário Fofoca, promessas como de investigações estatais ´petrolíferas` haverão de mudar a imagem do país para sempre, foi carimbado pela nossa presidenta Dilma quase II. Para sempre e nada de adicionais tipo déjà vu teleguiados. Agora se está dando para sentir mais do peso por nós (como eu, simples mortal, é bom não esquecer), atuando em grupos de reclames 24 horas/internet, viram só!? Foram confiar a vez em passar a perna no endividado Ali Babá mas só não acreditaram na multiplicação da prole dos 40 ladrões com prósperas bolsas ´Minha propina, meu pé de meia em paraísos fiscais e nada mais`. Fidelidade talvez nesse bloco com o forçoso jargão malufiano “nego as acusações”. E já que explicar tanto escândalo financeiro não é da minha competência (mortal que sou, se cair morto é um tombo só), então, se um erro não justifica o outro, por determinação e conjuntos de delações premiadas até nas asas do “pombo correio” –, abocanhando rios de “bufufa” alheia, os dois podem andar se mãos dadas? O que também deve não ser exagero atribuir que é errando que se percebe na virada da regra dos 13, 14, 15 ou 16. Temos estatísticas para isso? O eixo da roda do rolo compressor emperrou, entrou pro listão dos subfaturados de empreiteiras, usinas e ´rincões` que não vão deixar de investir/existir? Aliás, estatísticas de corrupção – e de corruptores – merecem pesquisas? Agora se querem criar projetos para ano que se aproxima, pós ensaios carnavalescos e ritmo ´perfectos` no pé, muita gente anda torcendo por aquele que demanda “Mais martelos, pás e picaretas” para os conhecidos estados – de inércia – no país. Principalmente picaretas. Com direito a premiações, regalias, aplausos e o que mais puderem. “Grato por me taxarem de o dedo-duro do ano”. Por fim, sabidos que de todos os estopins que andam surgindo a torto e à direita, poupando até as espionagens do Barack Obama via drones – Ali Babá que se vire em montar outra equipe de ´confiáveis companheiros` para a próxima sabatina. Ficamos é na lembrança de título passado que “Perguntas pedem respostas” e não é coisa de gabarito distribuído online às vésperas de provas, de sentar no banquinho de cpi´s e mais cpi´s. E taxemos! Porque banalizar tanto o verbo, abusar de metáforas, figuras de linguagem que mal detetamos na origem dos livros? Como diria aquele velho oportunista, se apropriar de criações alheias, que nunca foram nossas, cutucá-las, para dar maior ênfase – um gostinho de sal grosso –, passar a bola para frente, ganha sempre um sentido diferente. No vazio, no eterno oco do mundo, ninguém quer ficar. A pouca vergonha de colarinhos e negociatas nem sempre baratas anda faltando – e muito – nas arquibancadas e camarotes dos nossos “compassistas” e, não raro, “congressistas” desde o mais baixo, médio e alto escalão. Sou mortal, salvo causos! – Humm! Se em perfeito clima de ampliação de triângulos amorosos, quanto mais infiéis, melhor, quem paga o pato nem sempre é aquele que por descuido afogou o ganso, resta pedir reprise da história. Não, querida, não desliga o televisor que ainda vem mais pegadinhas de cenário cômico e de aproveitadores políticos por aí com direito, idem, a tira teima, slow motion, câmeras indiscretas e tudo. Somos todos mortais e em fase de descongelamento!
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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