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COLUNISTA
Celso Fernandes
14/11/2014 - 15h10
Pergunte ao verbo
 
 
Tevê à manivela

Dúvidas sobre até onde pode ir a paciência humana, com todos os seus acordes e álibis superficiais, para não tocar em outra palavra que não seja a do mal pela raiz? Dias destes alguém soltou a pérola de que para se chegar ao poder, “vocês não sabem do que somos capazes”. Amiúde. Prosaica. De Futura “Revolução Cultural”? Modéstia de risinhos escondidos, amarelados, sim, certamente muitos veremos. Para se chegar ao poder, novas “cabeças” serão servidas a Paulos, Neros, Netunos e companheiros do acaso.

O mais importante é enxergar tudo do alto, como diria aquele baixinho do gride de largada e que lascou ainda que não veio para confundir o que havia escondido a sete chaves, atrás dos montes. Montes e mais montes de bolinhas de papel. Confundir, aliás, deve-se ao termo de se ganhar tempo para elaborar, ritmar, aloprar respostas, como daqueles, salvos por lei, de poder manter-se no direito de ficar calado. Claro, vou responder o quê sobre essa distribuição de “ofertas espontâneas”, “caixinhas derivadas”, a essa turma de sócios petroleiros que mal vi apenas na esticada da mangueira – querida? – bem como a dos estalar das “verdinhas”! Hã?

Há casos em que é melhor manter-se leigo no assunto a ficar metendo o bedelho em tudo, participar, dar opiniões e findar a carreira na classe de um dedo-duro, na condição de “delegação premiada”, ter que ir parar no hospital por causa de uma virose inoportuna, mal rotulado, essas coisas de abafar a opereta, permanecer na classe D da plateia, persistindo em perguntar se ensaiaram algum fundo musical para isso e aquilo. E se não tem “fundo musical” hoje arrumamos um rapidinho ao bom (de)serviço da casa. De Irene, né! Visto que, em Abreu de Lima nem o superfaturamento da mandioca estraga, por dedução, quem sabe de alguém mais poder sentar no quibe resfriado pela gripe compulsória. Recursos. Se uma vez contamos com o ´Simples Tato Oferecido` (por eles), quem sabe o “Fácil”, o “Desbaratinado” entre na tabela.

Eu também não sei de nada! A porta, oras bolas, como a serventia da casa nesse momento de impasse? Só não desprezem aqueles que entram pela janela ao doce recurso do contorcionismo do a-b-c-d em cadeia domiciliar. Testar a lâmina da guilhotina, outra vez, no próprio pescoço? Isso nem sempre tem sido a grande saída. Mas a “Grande Jogada”. De mestres. Recordar dos recursos que deixaram de ser humanos não está ao alcance de todos. Pois, a juros nada escassos esses surgem às dúzias. “Doze anos já está de bom tamanho”, foi dito numa espécie de repescagem, por aí. Só que passou. Avante! Agora serão mais quatro. E sem churumelas oposicionistas. Os analistas de Bagé, versão Luis Fernando Verissimo, anos 80´s, agradecem pela lembrança dos quadrinhos de boa tiragem.

Outra possível enquete para o governo que promete renascer – das cinzas? – em comunhão com o povo para debater propostas, arquitetar emendas pseudo-populistas, despertar o riso na sobra dos caras pintadas de ontem, dos 0,20 centavos atuais? Vá! Pulem a comenda do dia. Desfile de posse com direito a luzes, holofotes, Rolls Royce presidencial às margens do Alvorada e em rede nacional? Segundo comentaristas do “Vox NNW News” (nada de margem de erros, por favor), os nossos “louros”, “brasões” e Charles estão dispensados. Portanto, é sentar o traseiro e continuar a trabalhar. “Se não o fez ao brinde da ´Copa das Copas`, por dedução (ops!), agora o fará para o bem de todos”. Salvo na bandeja de promessas o inevitável lema da linha do esquecimento!

A presidenta reeleita “Dilma II” possui as fichas brancas e nós as negras, o Arthur Virgilio saiu-se com essa no Roda Viva. Ela só, portanto, e quem sabe na casa do ponto ou banca, citando futuras jogadas. A ordem é seguir as regras do jogo! Quem cobre o lance e a próxima rodada havemos de encontrar. Ao aval das fichas do caixa-2 e de quem mais assina em cima ou de quem jamais assina em baixo ao canhoto de pedidos. Arribas. Tudo ao bom goumert do verbo, sobra de verbas com as palavras. Por certo jorrando “ouro negro” – sem o pecado de se feliz entre fartas gastanças e nada mais. Ou será que vocês querem que eu pergunte tudo outra vez, hein?


Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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