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COLUNISTA
Celso Fernandes
01/10/2014 - 09h00
Nocaute virtual
 
 
Tevê à manivela

“Da oferta à procura, a pechincha”.

Tele cansativas auditivas, que por sinal. Muito que pelo à mercê do óbvio, ante as costumeiras bugigangas expostas naquela mesma barraquinha de ofertas prometidas, muitas vezes é preciso renovar. Buscar uns descontos. Desse jeito. Melhor seguir por este caminho ao invés de sair depois se debatendo todo ao que tanto eles disseram lá atrás. A livre escolha computadorizada é toda sua, certo? Economizou aqui, perdeu-se ali com a tal “arma do negócio”. Politiquemos o verbo, as verbas. Denúncias normalmente passam dos barris e mais barris que tanto boiamos.

Tudo ao seu tempo e órbita do assunto! Porque artes faciais todos praticamos e não é modéstia apenas dos nossos mandatários bem pagos de ontem e que em pouco iremos apontar a dedo como obriga a justiça. E vamos lá antes que mais contusões verbais nos aconteçam. Porém, na falta de um opcional consultor ´mega` usadão na loja do seu Abreu, não precisamos ir às rimas. Novos aplicativos todos devemos aprender a ajustar. Seja pela legível necessidade do passatempo em rede ou do que descartamos mais! Hã? Pulem um pouco do capítulo da novela da 10h, que amanhã vai ser tudo igual. Aquele ´casal` que acabou sair do armário e pulou direto pro fundo da gaveta espera e agradece, só não duvidando do criado mudo Bernardo. Morou na armada do dedo duro na conta dos nove? Algum pedaço disso normalmente escapa ralo abaixo.

Mais do banquete em breve a ser servido pelos nossos politicamente corretos no próximo calendário nada atípico? Aos empolguistas de sentinela, não custa ulular de bom grado que o decorado “Sermão do Montanha”, ops, do “Palanque do Lula” não muda com a direção e bafo dos ventos. “Querem acabar comigo”, na letra do Roberto Carlos, ou não querem mudar no tom de voz que ninguém vai ao Partidão 13 sem antes consultar o ´acordeon` do mestre? Por essas e por outras, curtimos até o rapp da Dilma em favela do Rio de Janeiro, provando que tudo está no seu lugar. E nada de confundir com o épico, ´Dança com os lobos`, ´Boquinha na garrafa`, ´Kuduro` e com aquele coreano que fez febre musical por aqui, sem ninguém entender patavinas. Febre, aliás, medimos até na ponta felina das más-línguas e doa a quem mais doer...

Sim, de volta aos aplicativos. O susto surto repetitivo com o salvo – em arquivo morto – do ditado português, talvez mais antigo que primeiro plantar batatas, depois colhê-las e não ir diretamente ao fast food pedir uma porção no desconto, no capricho. Desse jeito: “Tenhamos a pata, então falaremos da salsa.” Ou seja, primeiro vamos conseguir o bicho, para, em seguida saborear o molho tártaro seguro. Daí o porque de tanto pensar, cismar, questionar, faça parte de nosso juízo. Certo modo, sem grandes modismos no abuso de QI´s, também o nosso texto sentido deve pegar nem que seja no tranco. Resultado. O click do mouse não pode aventurar-se com o seu dono e sair confirmando à toa por esses escalões e portais da internet, sem rumo próprio, decidido.

E tão logo instantâneo eu puxe do botão Stop por mais essa tirada... De novo e outra vez? Já que podemos concluir uma vez mais que corpos opostos se atraem – não só pela física? –, com o decorrer do tempo, subtraem-se pelo magnetismo (há quem lance fichas sem sobreaviso) um do outro. Se não fugirmos tanto às regras, basta aprender a fazer as contas e tirar o melhor proveito da situação. O que é inevitável aos tais, aos tais convivas da mais alta fidelidade o será. Siga a seta. A sorte, dia destes, com a demanda de um bom partido, pode mudar. Decore, porém, fique na miúda. Porque dentre desse vasto mercado de quinquilharias sempre acaba sobrando algo por fora. Na dúvida, vá de vide bula.

– Coragem, Mike Tayson free! Existem ainda ´mil orelhas` na casa dos indecisos que precisam ser ouvidas antes do round final! E nada de jogar a toalha agora, que esta já ofertamos desde a ´Ordem do Saco Vazio` que não para em pé. Pechinchemos. Sem dor, sem dor! Aquela do cotovelo que ora parte numa arrancada de pesquisas só.


Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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