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COLUNISTA
Celso Fernandes
27/09/2014 - 15h01
O zero ao quadrado
 
 
Tevê à manivela

“O inevitável será sempre inevitável. Mesmo que na tela do cinema, não tem como mudar isto”.

Turbinados on line de um lado, aprendizes do concorrido cop desk de outro (para começar basta copiar, colar e rechear, aquela lorota que contamos antes por essas entrelinhas, algo que pela arte de preencher vazios virtuais), melhor ainda! Mas como é sempre bom ficarmos espertos para propostas de bandeira ao que incrivelmente prometem só para quando 2020 chegar bem capaz que muitos de nós não tenhamos arriscado certo no formato do cristal fragmentado com o tabuleiro do advinha. Ufa! Demorei a concluir isso.

Em primeiro lugar, vixe, quem começa desse jeito é a Marina ´Sustentabilidade`, como sempre ela inicia seus experts articulados discursos/previsões nas nuvens. Se tudo passa, passará. Acredite! Favor não esquecer da atual evolução dos tempos. Tempos modernos. Reciclado. Em que a sociedade brinda a chegada da comunicação em massa, peso e pescoço, num estalar de dedo indicador. Não clicarás e/ou me cutucarás em vão, manda uma das leis do Giant Google. Salvo efeito quebra molas quando seus mega bits costumam travar, cair, também desabam e enervam que é uma maravilha, com direito a discurso de púlpito de Senado. Não atingimos a velocidade da luz? Efeito estufa? Bumerangue só no espaço sideral!

Novidade extra! O mundo ainda gira. Faz piruetas. E se gira, as voltas que a vida nos dá são tantas que não podemos enumerar. Onde há um botão, há um clique desenfreado. Singularidades, pois sim, ao revés dos nossos consortes escolhidos a dedo – a mandioca está servida, que a sopa de abobrinhas não costuma ter contra indicação. Já a sobremesa fica a gosto. Vagas naquela ´Casa do povo`, sim, todos querem garantia para a repetida falta de quórum do dia a seguir ao lustroso `nego as acusações´. Beijamos o santo!

No mesmo barco – de novo e outra vez? – não é só para os gaiatos de letra e que os Paralamas do Sucesso naquela época mandou ver. Morrer na praia, passar horas a fio a ver os tais navios, isso é para os fracos de espírito ou para quem adora mesmo boiar como nunca antes boiou como numa compra refinaria em alto mar texano, por exemplo. Mergulhar de cabeça no pré-sal ora temos um conhecido exemplar. E só.

Hã? Outra rebuscada de puxada de orelha? “Ah! Eu não sabia, como responsável presidenta sorridente, sequer conhecimento, ou, tinha dado conta de igual noção ao Lula ao que estava sendo traída”. De fato, alguém há de desmentir que ainda somos nozes. E só de pensar em abrir nova aba, por aqui, brindo: “Que chatice!” Bolinhas de papel todo mundo consegue fazer pingar, acertar e chorar na boca do cesto de lixo.

Uma das muitas – quentinhas – que, idem, mandaram ver em linhas colossais? “Vamos acender uma vela pro bem e outra pro mal”, apedrejou o Congresso outro dia. Nada a surpreender (e como quase sempre por essas bandas largas pouco surpreende), o país rico nunca deixou de ser um lugar tão visto assim, de portas abertas. Se o pai do Partidão 13 tivesse descoberto tudo isso aqui antes, pobre do timoneiro, do Cabral e cia. nessa barcarola de hoje, com a demanda do Quinto dos Infernos em barras de ouro e nada de pré datados na boca do caixa-2, mensalão, “petrolão” em evidência. Ao quadrado, né?

Sim. Daquele que riu por último e que decerto demorou a entender a piada? Menos pior – e haverá que entender – privou-se este em querer mostrar a arcada dentária amarelada numa tacada só. No vazio? No vazio, sobremodo, muito que breve, no oco do mundo. Sorria, vem mais zeros por aí. A somatória apenas – e não somente apenas – está (re)começando aos poucos. Em primeira mão e favor não pular, obstruir de malvadeza, nova fala do bem articulado “em primeiro lugar”! Quase tudo que tim, tim, por tim, tim...

E como essa vai de ponta a ponta acima/abaixo assinada, só não me poupem dos “elogios de campana”, quanto menos compartilhem, que já estou na ala recreativa me divertindo sozinho. Agora que vemos gente aí, voando baixo no banco de choque de mais uma “Comissão de Frente”, duvido não. E quanto maior o pulo do gato, o tombo? Logo, quanto maior o rombo nos caixas, entendemos, maior o estrondo!

– Amorzinho, liga logo pro “Mc Pipoca” aqui do bairro. Vai ter nova bateria de perguntas, réplicas, tréplicas, aquilo tudo de outra vez. Anda, vai...


Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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