Tevê à manivela
Alguma coisa do enriquecido mofo político que começou coisa a pouco, tem? Aquele da velha análise sintaxe (ouça, sinta-se em casa, divague, vage, reflita), da morfológica, longe do divã freudiano, tem? A temporada de caça aos votos, hã! Bem dizer ontem, e, eles reaparecem aos big repertórios. Bastando apenas refrescar um pouco da memória para aquilo que obrigatoriamente temos de cumprir seja lá no ruído ensurdecedor. Refresquec(se) Air! Ao clic dos controles em punho... ainda que você não se veja 24 horas D/N na webmania, ter que recorrer inúmeras vezes ao mestre Google e seus parceiros virtuais. Abre aspas. Pequena, porém, sem excessos e exageros de beleza para não estragar nas montagens do tudo muito limpo e maravilhoso que alguns deixaram – e prometem deixar – por aí. Afinal, por que temer mais dos Black blocs noturnos, arriscar a pele logo ao entrar do ½ dia? Por acaso tudo perdeu sua força, os meios e mensagens deixaram tanto de justificar os fins? Queimar frotas de ônibus, depredar, não é o caminho, talvez tenha apregoado o “13º Mandato Petista” que parece andar se sentindo. Por ventura feliz da vida com a realização do Mundial, descontando a podridão que não foi debitada. Fecha aspas. Não queremos pagar mais prejuízos, certo, Biscoito? As eleições estão aí! Apregoar demais parênteses no resumo pela “Lei do Esquecimento” e pouco importa da desgraça que arremata o país, só mesmo puxando da memória frente ao tal crescimento (des)acelerado. Force no pensar! Prosódias (de entonação e demais atributos correlatos na fala) não são prosopopéias ou metáforas sem cura. Dessas que encontramos aos punhados em roteiros de novela, mas que jamais prestamos a atenção a não ser pelo riso. Revelações bombásticas só com o João Kleber dentro do quesito “Sala Especial” então programado para público ver e admirar a santa traição. “Mas o que é isso?” Detalhe: evoluímos em criatividade entre as concorrentes até mesmo por conta do direito ao kisuco avermelhado no Topogã gigante do Ratinho. Se dá audiência vamos incrementar... Agora a propósito do viés da pergunta disfarçada de resposta, que tal? Carapuça tem no tamanho P, M, G, Extra G? Ou normalmente vem apenas no tamanho U – Único, como observam os costureiros na pele de um Jacques Leclair ou do Pasquale insatisfeito no filme Gomorra. “Si vous plait”... E, ao bom economês a abreviação das palavras. Gastar tanto no verbo para explicar ao eleitorado aquele que adverte um simples pibinho cortado pela raiz na concepção sempre gesticulada do nosso insubstituível ministro Guido Mantega, gastar mais e mais linha... Anote: o insubstituível jamais será substituível. Não importa o linguajar enrolado de qual partidário for. De repente até indo e fondo! Esquisitices grupais à parte – aquela da parte das dores nas costas, do bico de papagaio, do disfarce da tendinite em pleno andamento, isso podemos pular – só não duvidar do Tendão de Aquiles que o “prejú” pode sair maior. E logo passo o ponto porque esse cara sou eu. Mesmo que toquemos apenas na pedra que afunda. Ou será que não afunda mais? Começar de novo (de novo, segundo o Ivan Lins cantou)? Na expectativa de poder acabar mais tarde aquilo que não se começou, vai valer à pena tentar? Patavinas. Devo mais é poupar por aqui da minha linha de expressão facial, das rugas e mais rugas de preocupação, e por enquanto poupem-me do favor, que eu já encontrei neguinho (ops) surfando nelas. Verdade ou mentira para o ainda viés do “Pacotão Político 2014”, digamos, também é dando que se percebe – com o decorrer do tempo – na subida da ladeira. Nessa, se cai do cavalo? Seguidas vezes. Virei atleta. De primeira. No que é bom lembrar em tempo é que de repetidas noites o sonâmbulo que costuma fingir andar dormindo com destino a geladeira vazia na sorte de encontrar somente uma garrafa reciclável de água pela metade todos adoramos beber. Testemunhar o tal não vem ao caso. Quanto menos registrar e colocar nas pegadinhas que apresentadores fartos adoram provar. Divagações, “alucinógenas”, incontestáveis do que mais vem a seguir, meu caro Pasquale. – Garçom, cadê a empadinha do meu prato? Desta vez só mandaram o caroço da encolhida azeitona!
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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