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COLUNISTA
Celso Fernandes
19/06/2014 - 11h06
Que bonito é!
 
 
Tevê à manivela

• Gritos de guerra em busca da mais pura alegria de um lado, esbravejantes e fervorosos de outro – porque relutar, reclamar, é preciso – digamos, nem tudo por aqui pode ser um eterno show de bola o tempo todo nem todo tempo. Exatamente quando, na ligeira tradução do invejável “to be or not to be” (se é que cabe a pequena inclusão no espaço) para o verdadeiro ser da nossa prescrição, alguns tipos de apliques arbitrários não resolvem nada. A paquera pela ´gorduchinha` nasce desde ontem. Quando muitos, ainda, desse tamanho global (assim ó) só desejam dar um “bico” adiante. Bem adiante. E se pensam que fazer bonito na maquiagem todo tempo (sim disse há pouco) não fica feio, então, colocar mais pingos nos “is” a essa altura passou das nove horas. Onde o elemento ´Torcida`, ao que indica, nessa época de campeonato em pouco significa ser coisa do salgadinho da Lucky para enganar o estômago. “Tecnologia de ponta, Abuelito! Tecnologia na linha do gol.” E para rastrear a linha de pobreza, nada? Tudo! Ieié!

• Sonoras e emblemáticas as passeatas continuam em meio aos “agraves da greve”, no que lembro ter escrito anos atrás. Há muitos anos luz ao fim do túnel mas que não chegaram a horizonte do que valha a dura missão. Vide bula. Os ancestrais e herdeiros do finado Polvo Paul, aquele que sumiu do mapa por tempo de serviço, previsões da Copa passada, agora vão acertar alguma além do dono principal da bola de cristal? Dos Brazucas que querem promover mais e mais sem botar a culpa nas chuteiras e na curvatura do tempo? Não sabemos o que não sabemos e do que virá depois do “mãos beijadas” e sorrisos esbranquiçados pelos “guardiães” e das finanças em off. Com isso, o sofrido povo junto aos outros ´moluscos` do futebol não ficam à deriva do em campo.

• Detalhe nada otimista que penso estar enfrentando a duras penas – tal muitos hermanos amiúdes – teremos a farta repescagem de votos pós concentração ´Fenomenal`, ´Peleciana`? Incrível. No liquidificador não se fala em outra coisa. É ligar e sair correndo. O país parou! O free boi no espetinho da casa é para todos. Sem exceção. A censura de ontem barra até por código desalinhado. Sem esquecer do “Zé do Patrocínio”, dos reis que vão brindar, preencher os camarotes.

• E olha (a)Fifa aí, minha gente! Os intocáveis donos da pelota! Dos Dream teams. Alhures ao recado e impulso da Marta sobre a “Copa das Copas” na soma dos montões. Muitos deles ora passando das entradas/saídas da Nossa Babel Brasil com o vil e insubstituível metal ´verdinho´ depositado aonde? Abre aspas. Por mim a Patrícia Poeta – a bela da vez – pode continuar a fazer caras e caretas de desdém o quanto quiser. Desde que fiquem intactos os encantamentos da mãe natureza diante dos holofotes. Se ela sente frio, o frio também nos aquece, hã? Fechem as tais aspas.

• Tal o manuscrito “uma vez Kofinsky, Kofisky até morrer...” é bom filosofar miúdo que vez por outra pequenos gestos não significam, necessariamente, de você apenas empurrar com a barriga. Procrastinar. Reprise, please. Qual delas não importa – se negativa/positiva ou daquela estilo sanfona, do vai e vem que a Sula Miranda cantou. Mas de você participar, dar as caras, mostrar que se importa com o outro ser racional, irmão. Quem sabe mais um atributo sem vínculos nível 20% negros/pardos, dos furta-cor e dos afins de provar que racismo é grão, elos de correntes do passado. “Se sou ateu, porém, não de todo frente ao ´Partidão 13` é que não pretendo ficar”. Tomar uma dura ao pé do ouvido, sentar no colo, sentir o peso do dedo ausente? Dessa montanha de Maomé atrás estrelada, que nenhum súdito quer perder, hã!

• Enfim, de repente paralisados no trânsito e nos seus maiores setores convencionais, ganhamos o centro de todas atenções! Mãos abanando. No blefe do bafo, na troca de figurinhas, “tenho, tenho, não tenho”, nem mais iremos rosnar acerca dos nossos vilões e excelências de prontidão. Afinal, não se faz Copa sem prateleiras, comensais, enriquecimentos, e dos ossos do artifício. A propósito, em Bebedouro bebe-se que tipo de bebida mesmo, hein? Do legado à resposta – que bonito é –, que instantânea virou pergunta – bom, né?


Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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