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COLUNISTA
Celso Fernandes
11/06/2014 - 15h03
Os nós abstratos
 
 
Tevê à manivela

Pouco importa a essa hora do dia seguir no que manda o básico da receita vai do gosto e paladar do consumidor. Temperar as palavras, molhar as palavras, mesmo que ao degrau do baixo púlpito, e porque não? Aquilo que está escrito em letras miúdas na bula depende do tamanho da fome e do apetite famélico – fome zero? – da hora. Tal o lanchinho de governo entre mini reformas passa batido. Lá na Bahia do Meu Santo Salvador.

Agora se desta vez falamos em como padronizar os nossos humildes smartphones, “limar” a engenhoca da parafuseta que ganhou mundos e fundos é que uma vez mais não pode sair da minha conta e nem mesmo por conta dos meus ouvidos. Quando, para você que pensa que já viu, ouviu, blasfemou, duvidou de tudo – próximo do imperdível claquete do ´faço pouco` – a criatividade e preocupações de vossas excelências em exercício levantam o verbo. O sal, a pimenta e o manjericão é a gosto do povo. Isso isento de ano, mês, dia, hora e lugar!

Pausa. (Óbvio, para a linha que pode vir logo a seguir e ganharmos tempo, pois, tempo é tudo, vale ouro, prata, chumbo, ´rosca`, grosso calibre e vias caixa 2, 3.) “Então, Sam, vamos a lan house hoje? Matar o dia na rede social, dar umas curtidas à deriva com os amigos virtuais? Ou será que vamos continuar no corredor da sorte do costumeiro cyber café do bairro? Matar o dia, lembra?” Anote. Assim. Vez por outra precisamos aprimorar nossos conhecimentos, ler um bom livro, abrir fronteiras, hã! Quem sabe colocar uma ficha, digo, um chipe a mais em nossas memórias, descontar a vaga lamúria de copiar e colar, copiar e colar numa sede (in)constante de mouse sem freio e no dedo indicador. Sem limite! Pra lá de aprendizes do Roberto Justus. Pois sim, ligue o microfone, só não esqueça aquele de ouvido, do saudoso walkman, do radinho de pilha na orelha para “assistir o jogo” em a.m, f.m!

Como animava no palco televisivo em meio as belezuras Cadilac e Chacretes, com o Velho Guerreiro, “Quem não se comunica se estrumbica”. Hoje nem tanto, geração disparada a 1000 mega bits, no www.com.br 24 horas D/N... “Informação é inovação”, no que acabei de ouvir em bom tom de um deles, excelência, em Plenário. Confesso, não sabia! E grande fala essa a minha. Com ou sem uso fruto de nova memória e da minha que certamente deve ter entrado para o mundo dos esquecidos, o que mais responderei. Se sou page up?, porém, sei também ser page down quando preciso. Diariamente ouço, isto sim, maravilhas.

Um pedido. (De repente até daqueles transformado em ponto de exclamação acelerada). Ou que talvez, por aqui, entre quatro paredes aí da sua, da minha e da nossa sala de estar e ficar: só não me tragam o ex-técnico da inteligência, o americano foragido Edward Snowden para cá para xeretar nosso Marco Civil da Web que começa a andar de malas e cuia para ser revisto pelos nobres companheiros. Vai que queiram incluir no pacote de scaner o Julian Assange – aquele com cara de surfista, do WikiLeaks – porque bem temos os nossos ´entregadores` de língua solta em massa cinzenta. Fui claro? Protagonistas transnacionais e transformes, aff, nobres leitores e lideranças do “Olha Afifa aí, minha gente”, com aquilo que seja de ser mais dos ´nós` (que por sinal cegos) mas que não podem ser desatados de uma só vez!

– O que ranhou aí o nobre itinerante? Enfiar o meu indicador na tomada novamente? Só se for no fio descascado, na correção de dia/noite de Apagão! E que voodoo elétrico que nada? Ouvir pelas paredes, ainda que das mais grossas, de forma amplificada, vá! Só se for para tirar o atraso, o peso da consciência, aquele famoso, famosíssimo... No que, de concreto mesmo, apenas aquele de abstrato de outro dia.


Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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