Tevê à manivela
Previsões futebolísticas de um lado, aerodinâmicas/amadorismos de outros, passeatas aos montões, só havemos de dizer – como concluir – que a roda gira. Se girou outro dia, continua girando. E como! E só por onde do saber que o sol nasce para todos, ao bom entendedor de sentinela esse não deve levantar a menor sombra de dúvidas. Vai que o mesmo resolva sair tostado por aí de ambos os lados em tempo hábil! A casa do sol nascente ora cabível (ops) à geração do “você lembra?” pode não ter nada a ver com o que lascaram por aí de formas mil. Portanto, salvo relíquias, é melhor atirar-se à luta em busca de dias melhores, mesmo correndo o risco de perder tudo, do que permanecer estático, digamos, no oco do mundo. Não menos vero e rarefeito do que antes, “Onde se come, ficam migalhas”. Curto, porém, profundo, não, Sam? Alternativas de derivados, idem, levamos à parte na terra do futebol frente as estatísticas que vem por aí... Afinal, por que a essa altura do campeonato se importar com a ordem dos fatores? A pré estreia do Grande Mundial que já encheu os bolsos de muitos não tem pra ninguém! Torcemos os ferros até fora dos trilhos! Concentrar-se é preciso, persistem os de primeiro escalão no referente ao produto financeiro. Os números patrocinados não mentem. Passam de Lulômetros disparados! Que? Chutar a tal pedra colocada no meio do campo, o fruto da banana, a caxirola, a vuvuzela show, tudo isso perto do meu pibinho amanhecido, isso não te pertence mais. E o que mais conta? Não temos mais como mudar o status quo de fartos fardos e nem mesmo da vaca louca que morreu aos berros sem ter qualquer chance de defesa pela vida no abatedouro. Dar aquela famosa “bica” na gorduchinha à la Osmar Santos, impossível. A bola de cristal está na mesa ou quem sabe na gravidade política que o Isaac Newton não descobriu para essa geração. Não fosse uma maçã e sim uma banana! “Nós queremos ver os gols”, o “Hexa” que é a sua e não demora? Para bem depois por essas bandas, sem querer desanimar só para efeito dos press e dos contras. Aliás, nós driblamos também com os hipopótamos, certo? Totalmente arbitrários ou não, todos um dia chutamos algo no feitio do cachorro morto só para não passar batido nessa conversa fiada... Não menos colossal – ou seria safárico? – tamanho o espetáculo de elefantes brancos que vamos herdar, à herança empoeirada, patavinas. Anônimos empolgados e o esconde-esconde da vergonha nacional aonde é que logo mais vão acomodar? Abram-se as cancelas, assomem-se aos socavões de sentinela! Todos juntos em ação. Por horas seguidas o Brasil é o olho (do mal versus bem dito) do resto do mundo. E dar do antebraço a torcer por mais de uma vez, ora essa, adiantem no tamanho do pingo ao final do meu sobrenome. E tome nota em mais uma por conta porque não tem como e quantos outros terão de averiguar na ponta do lápis borracha pós rescaldo da “Copa das Copas” dentre os nossos divididos 180 milhões em ação, “Salve a seleção”. Saúde, Moradia, Educação... Muitas vezes é isso, no que digo e repito ao pé da letra, que treinar toda uma equipe de neurônios inativos afeitos ao copy (desk) neste admirável mundo virtual, com os ativos em menos escala e proporção, chega a ser um desafio. Do Marco Civil da Internet (se casado, solteiro ou tico-tico no fubá) não vamos configurar agora também que até o Pai-Google entra de tabela com a “Lei do Esquecimento”. Se eu quero o meu direito de ser esquecido? Vá! Não sou politiqueiro na classe do pior do que está não fica, mas, quero! Em tempo! O que? O Brasil está pronto para perder mais um “bonde da história”, adivinhe onde, senão nas eleições 2014? Ou será que pela ordem de largos sorrisos de `Vox Popoli´ e de `Ibopemania´ – é que já perdemos por antecipação foi um trem fantasma inteiro, hein? Vai partir...
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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