Tevê à manivela
“Hoje tem passeata? Tem, sim senhor...”, cantemos a uma só voz. De modo que a essa altura de outros clamores começo a ouvir vozes, “Não vote nesse, não vote naquele, que é para o seu próprio bem”, as opiniões e riscas (das famosas seguidas) se dividem dentre a livre escolha do que vem por aí. E se não veem, haverão de vir, não duvide. Agora se podemos reforçar no caldo knorr que filosofias baratas preenchem lacunas e mais lacunas do cotidiano – a liberdade é contagiante em ambos os lados – continuar a leitura à guisa do prefácio não é cortesia para muitos. É para poucos. Até Paracelsius 40 graus. E passa a régua, ó incansável Abuelito nesta jogada de quem mais ainda pretende transformar o país, como a água para o vinho e a birita para a água benta ao final de cada expediente na garganta zero. Na seca. O que de tão sábio Guru da voz rouca do Partidão 13 ter gastado na bronca sobre a “babaquice” de chegar aos estádios de metrô – e por que não a pé, de burro ou de jumento? –, convenhamos em apertar no passo. Da minha parte moro aos arredores do Jaçanã, “se eu perder esse trem, bom!” Arriscar no calo e na pedra mais rara do meu sapato, saído quem sabe do Município de Andarilhos Retirante é que não vou. Garanhuns fica mais duvidoso de se chegar a tempo. Principalmente se montado na cacunda de um companheiro na classe estrelada e dos jegues falantes. Outra para não passar batido, esticando o olho, pois, doravante tudo inclina-se para a “Copa das Copas” em terras do nunca antes achado na história desse país – o milagre do crescimento e do Estado Novo – de Calamidade Pública – passa batido na prática do amontoado de babaquices vocais. Negar mais que três vezes as vogais, decerto por 30 moedas de prata, em dinheiro vivo, não podemos sonegar, verdade? Então, dele (idem) ter dito que a presidenta plantonista “Dilma de Vermelho” adere de bom tamanho seu álbum de figurinhas, restando apenas aprender a jogar bafo, para um mero entendedor cabe o refúgio do entender, compreender. Matar na jogada. O troca troca é opcional. Sim. Anote. Esqueçam o nosso “chute no traseiro” que o gerente mor da Fifa, sir Jérome Valcke já baixou por aqui e ai de quem mais torcer o nariz! País rico é isso. Refém da Estrela Maior Fifa e o Pelé que se contente com suas cantorias e orelhão na avenida Paulista-SP Urgente. Ora subscrito que os Black blocs estão chegando – os Bruzundangas foram colocados de lado –, há quem maldiga que viraram a casaca, oposição, se 1/2 dúzia de palavras nos bastam, sentir cãibras, por vezes, no cérebro, estanca em exageros. Motivos de sobra para preencher a nossa caixa diária – na rede social que tanto me ouve – isso é praxe. Ululantes derrapantes! Seguir os kkk´s, se esbaldar, curtir, qualificar, afogar e desafogar o ganso, wow! Caiu na rede, que não mirem apenas nos orifícios virtuais, porque nem sempre é isca de peixe. Por onde, seguindo a “Ordem das Pancadarias do Dia”, com a turma do “Passe Preso”, essa pareceu ter despertado o Gigante. Só que medir o tamanho do rombo com o sujeito afobado que garantem comer sempre do crú, ora, ora, ora, e retirem a minha vaga continência. Frente e verso pode virar, se tornar uma variante no rol da criatividade na hora do “vamos ver”. E eu sei o que eles fizeram no governo passado. Filosofias baratas, isto sim, sempre distribuídas ao longo do dia, até em horário de pós verão e que não economizamos em nada. Sequer no prato da marmelada e daquelas servidas de bandeja improvisada. Com a cabeça do molusco Lula é que não. “Lobão, apaga a luz!” Santa malvadeza a minha e passa a régua mais uma vez que hoje eu não quero ficar andando muito em círculos. E que fique por dado o costumeiro dito pelo não dito. Porque eu vou mais é digitalizar essa conversa antes que se desintegre ou auto se apague. Ficar mais uma vez no fiado é que não vou. – Mais? No próximo bloco eu conto, ó imponderável Abuelito que tanto me ostentas e que voltou a falar pelos cotovelos. Só não vamos esquecer que é preciso reiniciar a máquina humana. Mais do que nunca, é preciso reiniciar a máquina... (Contanto que não me incluam nesse bolo todo, entrelinhas, que apontem pelo menos um único culpado na Casa. Seja ela a de Irene ou não, apontem um só para servir de remédio. O que, por hora, eu mais enxáguo as minhas mãos.)
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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