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COLUNISTA
Celso Fernandes
11/03/2014 - 09h05
Escassez de assunto
 
 
Tevê à manivela

• Remoto ponto de exclamação ora que disfarçado de pergunta, “Cadê o meu Super Salário?”, com aquele esquecido também pelo meu eternamente e subnegado de equipe patronal trabalhista, seria pouco para tanta homenagem falar a esta hora do dia. Por hora, do orquestrado musical “Alegria, Alegria”, somente na cabeça dos foliões de governo prestes a reencarnar novo mandato, juntamente pegando carona nos carros das alegorias carnavalescas anuais que continuam desfilando. Mas não falemos – salvo condutas – da “Marchinha do Mensalão Reembolsado” que não veio para a Praça Castro Alves. Que do Pré, Pós (Pago?, na próxima fatura), o durante e o depois, hã? E inclua-se isso nos autos: Uma bela força de expressão equivale sempre a uma bela força de impressão, certo?

• Passa a régua. X-enredo de um lado na cabeça de uns e de outros de embalo, aquele da maionese Cica costumeira e de quantos mais havemos de conferir ao final do expediente... é vero, que durante o jogo de mudanças e ações tudo ocasiona sempre no resultado da adaptação. Acreditemos, companheiros, digo, irmãos. Agora quanto ao levanta-te e anda (senão pelo menos engatinha) isso requer algum tipo de esforço físico. Para manter-se bem conectado é batata. Em rede e de olho no mouse. Já no quesito “curtição” remonta improváveis um milhão de amigos virtuais. O que para começar basta copiar e colar, dissemos. Ou que pelo menos você tente, invente aquela frase de alinhamento diferente e naquele copy que está ao seu pleno dispor. “Eu te recriei, só pro meu prazer”, alguém deve ter cantado isso logo em seguida do rei vegetariano Roberto ir vender o tal boi direto do produtor/consumidor. Caiu na rede é como dizer que o céu foi somente do avião.

• Cheio de nove oras, eu? Se não vendemos o peixe, vendemos o pecado da carne. Pedir o café da manhã para nós dois, só se for no Mc Hamburgão. Free boi. Na “faixa”. Mesmo que seja daquela de segunda normalmente servida às terças para melhor passar goela abaixo. Portanto, e por hora, au revoir, Tony (ih)Erramos, no espeto e ao seu bom gosto ocular. E no que, tirar ´um a mais`, por fora, em épocas de tempos remotos, tempos bicudos, de auto biografias inacabadas, ao papo firme Tremendão e de novo ao riso curto, meio que tosco... Bye, “mora”.

• Viramos o disco de vinil, o inesquecível Long Play? O CD Alternativo?, para ver se a música tocada de trás para frente surta algum renovado tipo de ruído? Vá! Escassez de assunto não é apenas privilégio da grande massa que sai às ruas para protestar centavos e anseia ir às urnas (?) na “mor” expectativa de sonoros e risonhos dias melhores. Quiçá, sabemos quem sempre fica com o prejuízo e não precisamos de oportunos tira teimas de noticiários pertinentes em parceria com os menos gaguejantes. Mas, não custa autografar no canhoto da comanda, que de tudo isso ainda não é fim. Reis do camarote surgem aos montões até na oferenda da Cidra.

• Por outras palavras – até que encobertas –, e por via das dúvidas (ei-las aí novamente à boa época da nossa dentadura postiça), como também do abre alas que acabou de passar e do “sempre livre” que podemos arriscar naquilo que se encaixa bem, bye! E nada de ninguém “estomagar-se” frente aos sofás de rodinha quanto ao que possa significar demais enredos criativos – de autor noveleiro para autor noveleiro. Onde o entornar do “Viracopus” e do mata fome (zero) é uma constante. “Aonde é que foram parar os meus milhões de dólares, Dolores?” Na conta do Dirceu, é?...

• Visto às claras e às neves que em dias de apagão não vou chorar mais pelo gelo derretido com as pedras encalhadas no meio do caminho, de tabela batemos recordes. Assinale. Sujeito(s) oculto(s) e indeterminado(s), circulando atônitos, atarefados, endereçamos na bula lá do rico reinado de Reilândia City. Admita-se, desde ontem, com ciscos e mais ciscos impregnados no canto do olho e nada à parte das ensaiadas pesquisas, dos gabaritos eleitorais, que entram em cena. Por certo com aquilo e o que mais possa surgir após uma pacata vírgula, que ninguém dava nada por ela! Só não me adiantem agora um outro tom da palavra e se não for pedir demais, no fiado, nem pensar!

PS.: Ah! Quase ia me entregando novamente ao mundo dos esquecidos do que adicionei na lista dos meus preferidos via-Net. Desse jeito! “Diz-me com quem tenho andado esses anos todos – ou pelo menos aponta – que eu te mostro o tamanho do prejuízo. Desde a bonança ao longo período da mais pura escassez”.


Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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