Tevê à manivela
• Nada e por nada mais em contradizer sobre esse personagem que muitas vezes aparece como aquele apenas para preencher espaço no ranking das lideranças, ou, como daquele outro que serve para decorar ambientes, tapar o buraco da parede, humm... Só não mexam com o que está quieto para não provocar ranhuras, rachaduras, pegar mofo. Do tipo que tanto bate, que tanto perfura. • Dito e feito isto, como a novela da minha vida e da minha vida que já virou uma novela, cansamos de dizer, final de ano chegando mais uma vez, o peru torcendo para que não chegue a hora “H”, que por sorte surja um novo apagão ante os defensores das causas perdidas, avante popoli que atrás vem brócolis. Que o espumante Cidra, pelo menos aquele oferecido pelo patrão, que jura tão logo do além arquiteturas/maravilhas as coisas melhorem – o país está em ALTA, em baixa só o nó cego da minha gravata – perto daqueles que tem esperança, ano que vem tudo pode e vai ser o tal. “Vamos nos concentrar na Copa”, disse rei. O ano do bicho preguiça vai pegar tão logo o primeiro chute do gandula atrás do gol. Possivelmente, nessa, vamos afogar o ganso bem antes da próxima troca do óleo conjunta. Do pré-sal de cozinha, olha a bombinha. Salmão, só do tipo defumado e ao omelete às claras, às neves. Geléia real. Nada de imaginário. Sem pessimismo, entendeu, Tadeu? • Também seja dito que na sorte dos palitinhos o seu, o meu, o nosso salário mínimo pode melhorar em mais 50 paus, idem, nada de sair se esgoelando por aí feito uma pata choca (ops) e pensar que está sofrendo de Lulofobia por aquisição. Pois, as promessas de um pesadelo novo – digo, sonho – vão surgir de fininho. Embargos e desembargos, idem, vão surgir desde o oco do mundo. Sem ranhuras, sem rachaduras, por certo do que dissemos há pouco. Basta prestar atenção que o rolo compressor não é feito de borracha. Amigos, se (os) tenho? Dos mais distantes aos mais hiper distantes. Exceto os virtuais. Companheiros a la carte? Vixe! • Mas como dizia (dizia o que mesmo, Tadeu?) que pela ALTA ESCASSEZ de assunto em épocas de festejos, ir à “Praia do Saco” é que vai ser o constante da coisa – sereias e piranhas, banda larga, Ipod, sacode, pertences não podem faltar. Mais do Raio-X Brasil fica por conta daquilo que vem logo no início, meio e quase fim de 2014. E numa leve previsão para a “Nova Temporada Política” em vias de reforma: “Sujeito a trovoadas. Verbais”. Em larga escala o “Catrina Brasil” e a enchovada. Marolinhas ficam por conta de quem mais abre o adereço de chuva/confete carnavalesco no nosso Sambódromo de Senado Geral. Os pilares da Casa continuam em pé, fortes, incentivando a criadagem. Seja ela disfarçada de muda ou surda. – O que, o que perguntou aí o penúltimo reclamante ao final da fila? Se um sopapo vale mais que mil palavras? Ora, ora, ora... No duro, no duro mesmo é ter que acompanhar a série de mesmices que se repetem a cada capítulo dessa mesma novela que todos assistimos. E é como se a novela da minha vida, tal se a minha vida não tivesse virado uma novela, guarde mais essa no seu rol de ANEXOS. Mesmo que eles se configurem do tipo giramundo sem fundos. Muito pelo que, ainda, “criado mudo” até daqueles “testa de ferro”. Que vendidos/vencidos ou não, gravam, fotografam (se esgoelam) e vão sempre para as cabeças...
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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