Julinho Mendes

Parafraseando o salmo bíblico “23”, eu, como cidadão, eleitor e pagador de impostos, digo aos nossos políticos, politiqueiros e a agregados: “Eu sou o seu patrão, e nada lhe faltará.”

Quando digo “eu”, na verdade estou dizendo nós, nós, povo ubatubense, paulista, brasileiro que, com muito sacrifício, trabalhamos para pagar os altíssimos impostos que nos são atribuídos e com isso, dentre outras, mantemos os politiqueiros na mordomia dos altos salários e bem viver.

É! Temos que reivindicar os nossos direitos, de apontar o que está errado ou o que está feio na cidade onde vivemos. Como cidadãos temos o dever de apontar essas situações, acredito até que esses apontamentos ajudam a administração a enxergar e a corrigir as falhas existentes, e com isso, colaborando com a municipalidade.

Após as crônicas que escrevo aqui n’O Guaruçá, recebo muitos e-mails de apoio, de opiniões, de sugestões e até de transmissão de mensagem, e eu agradeço por isso.

Tadinha de Ubatuba, ela não tem culpa! (19/11/2013 – 08h03). Essa motivou um leitor eleitor a me transmitir a seguinte mensagem:

“Muito boa a sua matéria, se é que podemos chamar assim, pois é mais um protesto, certo Julinho? Você reclama do descaso com a região de Itaguá e de Iperiog, então faça uma visita à nossa região. Estamos no litoral sul de Ubatuba, mais precisamente na Maranduba. Por sermos a primeira praia de quem chega em Ubatuba, deveríamos ser um exemplo de urbanização, de limpeza, de segurança etc. etc. Nossa praia virou o paraíso dos farofeiros. Nos finais de semana, quantidades imensas de ônibus, mas muitos mesmo, enchem nossa praia de turistas de um dia, que as deixam em estado lastimável. Os coitados dos proprietários de quiosques, tem de se desdobrar para deixá-la limpa. Quando é que nossa prefeitura vai tomar alguma providência para evitar este turismo predatório, que não nos acrescenta absolutamente nada? A solução para isto é muito simples: taxar vigorosamente os ônibus de turismo, que chegam pela manhã, às vezes no final da madrugada e despejam seus passageiros, normalmente já embriagados, em nossas praias. Quando a prefeitura vai perceber que este turismo não nos acrescenta nada? Um abraço.”

Taí! O que eu vejo como importante, além de criticar e de apontar os fatos é o gesto de mostrar caminhos para resolver os problemas, que a administração pública poderá fazer em parceria com a comunidade de interesse, ou seja, discutir, analisar e buscar, no mínimo um equilíbrio na situação. O que não pode é a administração cruzar os braços, fazer que não enxerga, que não ouviu, e ainda e o pior de tudo, não reconhecer o direito do cidadão de reivindicar e de exercer a cidadania dentro da democracia.

Taí, Moromizato, mais uma oportunidade para você fazer valer a expressiva votação que teve nas eleições passada. Vá, procure a comunidade da Maranduba e converse, ouça e acate as reivindicações. Isso é fazer política!