Julinho Mendes | |
Domingo, fim do feriadão da República. A orla de Iperoig e Itaguá ainda repleta de turistas passeando, fotografando, descontraindo, se divertindo, contemplando a beleza de nossa baía... Acabei de vir de lá e juro que queria ver todos os aparelhos, artefatos, jardins... impecavelmente preparados para agradar aos olhos dos turistas que ali caminhavam, mas infelizmente a realidade é outra e a exemplo de administrações anteriores vemos que a falta de um planejamento, de um projeto, de um olhar cuidadoso e carinhoso com o local continua o mesmo na atual administração. Continuo vendo falta de ação, vontade, profissionalismo. Não sei se o pensamento que escrevo abaixo é inconveniente ou errado, e se alguém acha que estou equivocado, por favor, me faça mudar de ideia. É o seguinte: “O prefeito ou mesmo o secretário de Turismo deveria, no mês de agosto, mandar meia dúzia de funcionários fotografar e relatar todos os bens públicos que estão quebrados, faltando pintura, faltando pavimentos, enfim, tudo que estiver precisando de reparos. Feito isso, custeia-se todo o material e mão de obra necessários. Convoca-se uma reunião com os comerciantes que atuam e se beneficiam da região e propõe-se uma parceria na arrumação e embelezamento de toda a orla. Em dezembro tudo pronto, agradável, bonito, confortável, seguro. O turista (que sustenta a todos e principalmente os comerciantes da orla) certamente vai notar a organização administrativa, vai saber que o comerciante está no agrado e em sua receptividade, o munícipe eleitor vai ver e sentir o carinho que o prefeito tem com a cidade...” Fale pra mim, caro leitor: estou pensando absurdo? Será que é difícil planejar uma ação como essa? O que está acontecendo? O que está faltando? Eu vejo como absurdo, em pleno feriadão de fim de ano e véspera de temporada, a nossa orla se apresentar como o que vemos na imagem acima. Eu vejo como absurdo uma cidade com a beleza natural que tem, se apresentar para os turistas com bancos quebrados, calçamentos danificados, jardins depredados, faltando equipamentos dignos de laser, coqueiros desfolhados, poças d´água nas ciclovias, fedentina de mijo de mendigos etc. etc. etc. Acolhedora por natureza, graças a Deus, Ubatuba é, mas acolhedora pelo artificial, estamos longe de ser. Tadinha de Ubatuba, ela não tem culpa!
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