Tevê à manivela
• Quando muito (ou nada) de novo surge, aparece ou acontece nas telas, é o que permanece mesmo. Do dito pelo não dito – na casa do seu Benedito – também é o que tem para hoje. Molduras em cena, em movimento contínuo, constante, idem, na praxe do assunto. Tais delas, na sinopse do que vem pela frente, e ademais capítulos a serem seguidos ao pé da letra, ´mamas in the papas` (na ponta da língua) acredite quem for capaz. Aliás, veja antes que desatem depois ao que soletro “vamos investigar”, “nego as acusações”. • Pois sim, algo que estava engasgado para dizer desde outro dia: “Eu não sou o canadense John Malkovich mas o meu celular pega até debaixo d´água!” Por questão de segurança, em épocas de partilha do Pré Sal (de cozinha) por essas e por outras bandas, nem os inseparáveis Aldo&Hildo precisam espionar isso. Em épocas atuais, sim, não me desmintam na pitada da minha língua, que reciclar o verbo é mais que preciso. Na política nossa de cada dia nem se fala! Não tem jeito. Vivem em sintonia, em vão. Só não pichem a esperteza do “Palhaço 222” mais votado do Brasil, que comparece em todas as sessões (mega) extraordinárias da Casa, recebe o líquido bruto, sem fazer nada. “Pior do que está, bom”. Risada Brasil é que não cabe mais recurso. Só em concurso para aqueles que vem em carreatas para a próxima eleição. Frente ao recicláveis, né! E vá! Com tanta mordomia vão salvar o Brasil dos finalmente engravatados como? Na mão grande... • Muito pelo que, para aqueles mais saudosos que se recordam do mel Caro, com tantas dívidas em andamento, o grande barato é que nada sai de caro. Mentes que brilham na Câmara e no Senado circulam aos montões e não pegam fila sequer na hora das subdivisões dos seus ordenados e comandas gratificantes. (O que? Alguém citou a lista dos “ordenados repatriados”, deles?) O “Santo Remédio” para combater a corrupção em massa é que não foi testado ainda nem mesmo pela ordem dos genéricos. De recurso em recurso tudo segue o seu curso. Coisa que (dizem, e como dizem) se muitas vezes resolvemos tudo na vida mediante um sim ou um sonoro não – daquele tamanho – o talvez pode adiar, normalmente, uma decisão. Sempre. Procrastinar também entra na baila do assunto. Sem grande ministérios bem como daqueles que aprenderam a voar baixo, rasteiro, sorrateiro. Ou, ainda, pular de galho em galho. Digo, de partido em partido. Nível Marina Silva (in)sustentabilidade 1, 2, 3. Nível “amigos eu não sei, simpatizantes em ganhos divisórios”, esses aparecem em todos os canais. Nível... • Confirma? Não menos duvidoso do que será o repeteco pós eletivo do amanhã? Então, como podemos acenar que as aparências são – muitas vezes – aquelas que também sonegam e grandemente desenganam, a ordem dos fatores (como pela Ordem “Lulística” e dos incansáveis Proteus&Pometheus) nem sempre são comuns. E grave aí no ímã de colchete da sua cabeceira que se os sinos dobram, logo, os mesmos se desdobram à mercê da boa e dedicada audiência. Ou seria pela costumeira falta quorum? Decore. Que a piada quando contada de trás para a frente pode surtir algum efeito. (Se contada pelo patrão, aquele que riu por último, pode colocar o emprego em risco). • Prossiga. Segundo a lei do “Aqui se faz e aqui se propaga”, tal essa, dita alhures, passa além da “Máfia do Asfalto Recapeado” e que virou assunto ´Kassab no muro` a ser comentado como a bola da vez. Portanto, e uma vez mais, aos nossos representantes (que persistem em ser do povo, torrando o dinheiro, que persistem em ser do povo) o meu apreço. Não vou ´voltar`, e daí? Justifico. “Nego todas as confirmações”. E acaso não seja pedir demais, dia destes pretendo me autobiografar – e não importa se por linhas tortas, ou, sequer pela ordem do vale o quanto pesa. – Mas com, se continuam os boatos que o ´Mc Hamburger Number One`, Obama, continua bisbilhotando a vida dos outros? Bolas, é ou não do naipe cultural que a vida dos outros, dúzias de vezes no decorrer do dia, continua sendo muito mais empolgante do que a nossa? Televisivas ou não (to be or not) e daquelas mais que ungidas ao sal grosso! Churrascão de domingo, é pouco. (continua...)
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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