Tevê à manivela
Bem mais próximos a querer questionar sobre a vertente da “teoria política, que muitas vezes não leva a prática nenhuma”, havemos tumultos, passeatas. O que não é novidade. Manifestar-se é preciso. Habemos PEC 37 em pleno andamento disfarçado e para o entendimento de quem na ´fumacinha` branca do Congresso Nacional sempre atento. Antes, porém, vamos aos ´desvios` da Copa também a manifestarem-se acelerados em meio ao povo, como esse sendo o nosso principal ´Tião vilão` do momento. Desvios. E não o seria? “Sem estádios não realizamos o mundial”, como em coletiva declarou ´O Fenômeno` – a ser estudado por ufólogos do futuro. Daí o porquê de erguermos hospitais, enfrentando o poderio dos “elefantes brancos” ora tirados em gênero, número e grau da cartola do governo. Para isso temos recursos. E muito, afirmam lideranças apostas ao “pimba na gorduchinha”, do “haja coração” e de quem mais vai ´arrolar` a grandiosa festa. Na rima improvisada: “Senão às caxirolas, vuvuzelas nela”. O que, esquecemos das vuvuzelas na brindada/blindada Confederações via torcida de prontidão “Oléee”!? Sim, a Copa. Ia me esquecendo. Mas se as manifestações não tivessem ocorrido por certo o riso disfarçado/amarelado de muitos, além do presidencial, continuaria bufando ululante e de vento em polpa dentro do nosso mágico governo. Bem mais quando tudo é tão límpido, maravilhoso. “O povo unido...”, e enfim, na frase de bengala que pegou o caminho no passo engasgado, tinha que ser despertado. Já falar de “limpeza ética”, então, porque não diante da divina comédia desumana que rola cotidianamente sob os pilares de Reilândia, que fica logo ali, nas encostas de Absulândia Brazilian Now! (sempre repetimos no que é preciso). Trololós, na pressa de vencer, é o que mais temos. Filosofar muito no jogo do bafo, hã?, para que, e ainda bem que com essa investida de mudanças todas na ortografia, as aspas ainda podem correr livremente, soltas, “sem censura”, uma vez passado o escanteio do adiante. Do pós vírgula. O “segundo foi dito” e “conforme disseram”, é batata. Porém, domesticar o inexplicável caseiro na hora de colocar a mão na massa é que é a questão a ser referendada. Pois sim, de uma tal de ´audiência pública para debater a solidez da política econômica do país`, de outro dia, não seria ademais assim, idem, algo remoto pela “Lei do Balança Mas Não Cai?” Ou que possivelmente (filosofando o já filosofado) quanto ao muito se fala – em audiências constantes –, pouco ou nada se resolve, se cumpre e se transforma? A propósito, a atmosfera vaga, não vaga? No caso da bola, chutada adiante, logo... Na sobra ora acelerada do que se “Reforma” a partir de agora, assim, gaste o tempo que for necessário, até pelo ´saldar` do mandato, digamos, de Vs. Excelências em exercício (claro, não precisamos dar nomes ao convivas de tão Honrada Casa), trabalhando velozes, nada de slow motion, e eis a questão. Agora, no tocante ao “passe livre”, que também já pode ter nascido preso, quer dizer que em pouco teremos novidade no assunto? Bolas. Sempre temos. Aliás, é ou não é tudo o mais daquilo que nasce sempre do derivado e que muitas vezes vem acompanhado do nosso costumeiro conjunto separado? Como disse – ah, sim, a Copa – junto a tantas mentes que brilham e que a tudo resolvem ao longo prazo, o interessante é que sempre temos algo para contar! Senão, único e em exclusivo (dentro do nosso horário nobre), coisas para tão somente confundir...
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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