Tevê à manivela
• Fator dos mais positivos e algo que não é preciso ser nenhum expert em Phd é que muitas vezes na vida não importa seu estado de origem. O que importa é a origem do seu estado – que isso fique bem claro. Ou, que para se escalar o nosso Monty Python político nacional atual não precisamos, necessariamente, de tantos intérpretes nem de vossas excelências ora manjadas na figurinha de tantos partidos assim. Agora se vamos ter novo episódio com o ´Acórdão`, para que continuar com essa invenção absurda de Mensalão? Coisa que se deste lado não menos mortal somos surrealistas, sem grandes ranhuras, então, ladies and gentlemans, segurem-se nas cadeiras. Porque aquilo que seja de mais cômico com o trivial e incomum, deixamos sempre para o depois de cruzar o tapete vermelho. Isso na oferta do dia, incluindo o que possa ser empurrado para baixo dele. • E uma vez o fato que continua de vento e polpa o dito que é melhor – garante economistas! – pingar do que secar, principalmente em ´Era de Reais Bicudos`, e tal lembrei de ter lido por aí, que os culpados são sempre os outros, nada como poder tirar o meu da reta por uma boa causa. Muito pelo que e só para não dizer que não falei das dores de Dolores, novamente, vai que a ´Piada Mais Engraçada do Mundo` seja contada pela ´chefia` num daqueles encontros infortúnios de comemorações, o que rir por último sabe que pode virar breve candidato a encarar o “olho vesgo” – ou seria míope? – da rua. • Vai. Otimistas? Já que pegamos de tabela a ´Caxirola` (sem descontar seus arremessos) no lugar da Vuvuzela, que a nossa presidenta ´Dilma de Vermelho` tanto elogiou para a Copa de 2014, estamos feitos. Faça chuva, faça sol, já que boiamos na euforia presidencial e adjunta lulística, todos vamos ´balangar` (ops) na imagem verde e amarela do plástico que vai levar o país aos gols. Muitos gols. De saldo internacional, né! • Pois sim, se tanto gostamos de falar, falar, repetir e repetir “Ou iés, Brazilll”... a batata, quando alheia, tem mais é que ser alheia. Assim. Efeito OVNI´s. Arquivo-X. Vindo de fora, tudo pode ir para dentro, verdade? No mais o que vão ser 15 ou 30 paus a menos na minha linha de orçamento por uma ´caxirola` menos barulhenta na minha orelha, hã? Ah, os jogos mundiais, tinha esquecido até das trombas dos elefantes brancos – erguidos em série! It`s incredible? • Segue o tema e se existe ainda aquela tirinha do gira mundo, de poder dar 1/2 volta e 1/2, ainda que imprecisas (e de trás para diante), no parafuso mal apertado, vai que a Terra dia destes pare de girar durante algumas “recorrências” de governo e que o povo pare tanto de catar o pilho na cabeça do ovo, de (re)contar os caroços de feijão pré-cozidos na panela... • Bom, mas como ia dizer (dizer o que mesmo, hein, se chegamos até aqui?) dentro deste pequeno diário à base da manivela: por que haveria eu – na primeira pessoa do tão implorado singular – de chorar justamente agora pelo “gelo derretido” tamanho o aumento salarial de R$ 00,01 (um centavo e nada mais, que fique bem claro) que ganhei este ano? Feito os mensaleiros de plantão, sequer tenho “sombra financeira” alguma para chorar na vertente inovada do insosso saldo-bordão: “então, não querias ver, ler, ouvir e, principalmente, recapear o verbo saído do mais alto escalão?” – Como? Que disse? Se repito que não vou chorar mais pelo tal gelo, então, que a minha pedida hoje seja on the rocks. Três cubos e de tamanho ideal! Ou será o Benedito que viemos aqui apenas para lastimar sobre os ossos do ofício com o lenga lenga dos meros artifícios? Absurdo inédito ou não, anote aí, largada para as eleições de 2000 e catorze já foi dada.
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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