Tevê à manivela
Nada desfavorável àquele Mc Salsicha que muitas vezes engolimos na pressa do dia a dia na casa do 1,99, que barganhar ainda é preciso, é o que temos para hoje. Frio ou quente. E se essa também vai sair no capricho, em breve, veremos. (Já disse, é o que temos na bandeja de oferendas). Afinal, doa a quem doer, o importante participar, ´partilhar`, pinar, sobretudo consumir a boa programação que se tem pela frente. Até mesmo no que podemos gritar de peito aberto na noite adentro: “A Morena está no Brasil”, e não mais naquele fim de mundo, vivendo a custa de quem e, tchanan, Salve seo Jorge! Abre aspas. Coisa que há bem pouco comemoramos eufóricos mais um “Dia da Mentira” por todos os continentes, em Reilândia – esquina com Absulândia Brazilian Now! –, seria ´fichinha`, mas, ouvi dizer que a data foi estendida e não apenas dentre os nossos politicamente corretos/esquecidos. E com direito a liquidação no saldão do bairro do Brás Paulistano. Exatamente quando, de bom tamanho, o patrão aqui, sempre atencioso, o (idem) e igualmente prestativo seo Gomesvaldo acabou de me ligar, prometendo aumento ´doméstico` e de carteira assinalada tão logo a coisa melhorar! Coisa que devo acreditar e apostar algumas fichas, fazer o que, ir direto pro olho da rua, é? Fecha aspas. Mas como? Se temos de quebra ainda aquela velha expressão de “ir a forra” tão próximo do almoçá-los antes que nos jantem e que comer o prato frio significa muitas vezes não apenas força do hábito, do costume, ou que dançamos conforme a música, não devemos sonegar nem em dó Maior. De fato, e isso é fato. Agora, quanto a saturada desdita em levantar a poeira e dar volta por cima – certamente algo que doloroso / moroso / lacrimoso na vida de muitos – esteja tudo sendo teclado numa letra só, no costumeiro e (re)batido texto, no país da pouca miséria e da pouca fome, nós também dançamos com os hipopótamos. Rasteira em jacaré, por enquanto, negativo. Falar em Mensalão, novamente no que iria dar o romance “Durango Kid” da Rosemary com o mestre Lula, se o pastor dos Direitos Humanos, o tal Feliciano fica ou não fica em meio a tanto tumulto, ora pois. Detalhe. Não basta preenchermos apenas lacunas com o que é minúsculo debaixo do sol. Nem tampouco com o que cobre um pouco abaixo da cintura da mega Madalena que só não morreu de vontade de ser cortejada na última versão da Fazenda por causa da etiqueta do biquíni de bolinha amarelinho. Pois sim, perguntinha maldosa que rola entredentes por esse labirinto de pesquisas impróprias acerca do “Vote limpo” no espaço global é que, depois de votado, o eleito na classe de recém-assumido-escalado para atuar, vai agir de tal forma, hein? Ou que, o ensinamento ficou há muito e bem para trás que na prática a teoria passou lá na Bahia (tal a antigo força de expressão, claro)? Barbaridades de governo, isto posto, nunca deixarão de ser alheias assim. A vida do próximo, sim, de suma-pruma importância. A minha, o que, sou de paz! E passa a régua que só de pensar em repetir que não se vive integralmente de meias verdades, de meras picuinhas, tricotagem, quando muitos persistem em empurrar até com a “barriga tanquinho” afinal, como o pit stop caseiro de emissora para emissora é inevitável, sobrevivemos sãos à boa “Era Videos-mania”, obrigado por ter me lembrado. Aliás, o que seria mais – então – da nossa pseudo-paciência-sapiência não fosse um passeio gratuito pelo canal Youtube na calada da noite, hein? Por hoje é só, e é isso aí. Reclamem... – Garçom, a conta! O que, como? Tem que pagar o couvert artístico pelo simples prato de macarrão? Mas não apenas (e só) à base de alho e óleo...
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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