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COLUNISTA
Celso Fernandes
12/12/2012 - 09h00
O que é alheio, melhor ainda!
 
 
Tevê à manivela

Privacidade conjunta III

• Logo de saída e só para gente ver como eternizar uma frase do nível “a justiça não é cega, o povo que é afobadão”, que li do finado escritor Hélio Ribeiro, lá pelos idos anos 80´s (ou teria sido casa, não lembro?), por que não atribuir de bom tamanho também aquela “se o mundo é dos espertos, com tantos joguinhos de empurra empurra, escutas telefônicas, grampos - grampeados...”? Quando, exatamente por regra do destino, havemos de concluir que a mesma pode valer bem mais para o reino dos espertalhões que decoraram as apostilas quem sabe das malufista´s, ops, a curta distância? Ou seria longa, pouco importando se o meu nariz cresceu, de repentino, de uma hora para outra? Só não esqueça de que a essa altura do campeonato de escândalos lulísticos, e de governo, óbvio - não custa lembrar ainda - que a saltitante pulga ´se` antes sem terra (digo, orelha) mudou de posição. Querias o que, com tanta bonificação/adulação, o “cara” enxerga tudo de frente. Vista aérea até para o que nunca boiamos antes na história deste país. Nem na terra dos metalúrgicos!

• O que?, se o novo bolo sem fermento está servido? “Minha namorada, ´the Rosemary`, que resolva na sua divisão de bens de gabinetes republicano. Sequer lembrei de perguntar se foi bom para você, ora bolas!” Digo, para ela, oras, enquanto gestão. Companheiros e camaradas são sempre assim, seguram a bucha da gente como ninguém, verdade? Ou não é à toa que em épocas de cortes, marolinhas, sinal dos tempos, gafes de discursos, onde, na teoria a prática passou lá na Bahia, hein?

• Em épocas de cortes, Chapinha, de pedir desconto em tudo o que está avermelhando na prateleira da promoção 1,99, não vamos esquecer de pedir aquele “chorinho” no descontão... E por que não haveria eu de contratar alguém de “testa larga” - costas, alguém aí sugeriu costas, largas? - para ser apenas, e não ´maismente que` meu dedo direito, hã? O braço inteiro pode sair muito caro, menos em conta mesmo para a sinopse do filme do “Homem que sabia de menos” em questão! Nesta, idem, o tal do bordão - melô xoxô - “deixa o homem trabalhar” passou a “deixa o homem orquestrar”. E que, por incrível que pareça, eu também virei o “João-sem-braço” da vez.

• Deveras e filosofando mais um pouco do rol de denúncias da “Era L.I.L.”, algo que por sinal, “mens sana”, da Silva, bom de papo ele, contador piadas, ´bajulador`, no futuro quem sabe tenhamos de verdade um pedacinho de terra em Marte, quitado, sem precisarmos avaliar os anéis de Saturno: “Por que tolerarmos ou ficarmos calados diante de algo que nos desagrada? Posso ter sido qualquer coisa, menos blasfemador” (tal o pronunciou o teólogo e filósofo italiano Giordano Bruno, por volta do ano de 1600, em Roma, antes de ser executado). O que, por aqui, em versões atuais, pois elas se multiplicam a cada momento, repensar o discurso de última hora será preciso.

• Não é por menos, nem por mais, que apostam os plantonistas da tal verdade ao nível, “doa a quem doer”, como na roda da fortuna - nada a ver com aquela do patrão Silvio Santos - que em pouco teremos notícias da ´Operação Bico Calado`, já com o recém-adaptado épico estelar de ´O Império de Reilândia contra-ataca`. Sic. Participação especial no papel principal do ´Wolveryne` - na pasta dos tais cortes precisos - e do ´Edward Mãos de Tesoura`, como coadjuvante atrapalhado, em questões menos precisas, econômicas, curto prazo, crescimento. Do “bebê de Rosemary”, ora em exibição nas ante-salas do Plenário, blindagem política automática, lembremos: “O Paulo da vez deve andar mais é a ver navios nesse tal ensaio de Porto Seguro”. A ver navios, aliás, deste nosso lado não menos mortal de cá. Só que muito ao contrário do italiano decepado Bruno dito aí na linha de cima, ´blasfemando`. Blasfemando de quem mais jogue as fichas na bandeja de apostas... Feito ele, que o meu - podem apontam até no dedo mínimo de quem quiser -, o meu eu vou tirar sempre é da reta.

- O que? Se ando me fazendo de desentendido? Modéstia. Prometo, ´The Rose`, vou te colocar hoje mesmo na minha área de trabalho. Assim, antes de abusar alheio de qualquer outro “Ctrl-C”, “Ctrl-V”, tudo vai ser diferente. Aproveite melhor o seu dia, hã?, não precisamos mais de escutas, câmeras indiscretas, tanto e-mail vindo pela metade...


Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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