A exemplo da cultura forjada ao longo dos anos pelo Jornal Nacional na sociedade brasileira, os grandes meios de comunicação do país, seguem ditando neste começo de século a pauta do que vai ser assunto nas esquinas, bares e agora nas redes sociais do país afora. Afinal quem elege estes assuntos “mais importantes” do país que serão discutidos por todos? Quem escolhe estas pautas? Quem são estas pessoas e quais seus reais interesses? Por que mostrar esse fato e não aquele? Por que desta forma e não daquela? Por que isto e não aquilo? São questionamentos que cada vez mais precisam ser feitos pelas pessoas, sob o risco, e mesmo não se admitindo, de eternizarmo-nos como uma grande e ingênua massa de manobra. É curioso notar a avidez e credulidade com que as notícias são consumidas por pessoas já entorpecidas por anos e anos pelo julgo político/doutrinário da mídia brasileira. Na época da ditadura era comum esta preocupação com os meios de comunicação, que entre outras coisas, eram acusados de querer nos deixar sempre “desinformados” sobre os acontecimentos da época. Como o expediente de esconder os fatos é coisa de regime autoritário/fechado, aqui sendo uma democracia, manipula-se. A grande mídia com seus jornalistas, comentaristas, articulistas e até artistas de outras áreas, acabam sendo os grandes formadores de opinião da classe média brasileira, tornando comum, opiniões de pessoas, pautadas apenas no que eles dizem. Ouvir a versão dos fatos sempre pelos mesmos grupos de pessoas, talvez não seja o melhor exercício de cidadania para o desenvolvimento crítico de uma nação. Portanto lembre-se, da próxima vez em que for defender uma opinião que você julga ser sua, cuidado, talvez esta opinião não seja... a sua opinião.
Nota do Editor: Alex Frederick Cortez Costa (fredcortez@uol.com.br) reside em Ubatuba desde 1996.
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