Alex Frederick

Em 2010 a Petrobras realizou através da bolsa de valores de São Paulo (Bovespa) a maior oferta pública de ações da história do capitalismo moderno, arrecadando mais de 100 bilhões de reais com a promessa dos investimentos no pré-sal. Na época, com a popularidade nas alturas e o barril de petróleo a mais de 100 dólares no mercado internacional, o governo petista obteve o aval político e os recursos financeiros para o investimento.

Grandes grupos de investidores nacionais e estrangeiros, pequenos investidores, trabalhadores que usaram seu FGTS na compra das ações, todos sem exceção deram seu voto de confiança no governo petista e investiram seu dinheiro nos papeis da empresa.

Amargaram grandes prejuízos.

Os grandes investidores, os chamados tubarões do mercado, logo pularam fora do negócio, minimizando suas perdas ao perceberem as reais intenções do governo petista, ficando o maior prejuízo na mão dos pequenos investidores.

Os papeis que foram vendidos por R$ 26,00, hoje são negociados em bolsa por R$ 5,00.

Foram necessários um intervalo de seis anos, uma Lava-Jato, uma Passadena, algumas campanhas eleitorais petistas e um caminhão de corruptos e corruptores para que a Petrobras, agora sem caixa e com uma dívida estratosférica adquirida nos últimos anos, tivesse que, através do governo Federal, discutir e aceitar o projeto de lei do Senado (PLS) que retira sua condição de operadora única do pré-sal.

Como se vê, uma bela trajetória ao fundo do poço.

Fala-se muito em entreguismo do patrimônio público brasileiro, quando na verdade é apenas consequência de uma gestão incompetente e irresponsável.

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