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COLUNISTA
Celso Fernandes
22/11/2012 - 09h00
Maré alta não é maré baixa
 
 
Tevê à manivela

Em pleno dia mundial de não sei mais o que comemorar (de repente inventem até “O Dia Mundial da Privacidade Conjunta”, coletiva e internacional seria pedir demais), porém, não custa destacar em breves palavras, e tão pouco filosofar, que na vida, como na arte, todos precisamos encontrar o verdadeiro ponto de equilíbrio! Mesmo quando temos que desafiar algumas marés das mais elevadas temperaturas. Do contrário, vamos continuar mesmo é boiando nos extras-conjugais costumeiros. Na rede da Net Global, nem é bom checar o quanto isso faz sentido dia/noite, horas perdidas e dedicadas a fio, no clic do mouse mania! Esqueçamos a tendinite! Isso é psicológico! Se passamos de brindar a nova letra ´Escarlet`, daquela devassa mulher tentadora/traidora de séculos passados, ora esta, faça-me o favor! Pois, “os pobres - e por certo esquecidos - descamisados que por aqui hoje lacrimejam, certamente não lacrimejam com os ´bem-abonados` de lá”.

Saúde? Coisa que falar sobre a rede de Saúde Pública Brasileira tornou-se uma realidade um tanto o quanto bizarra, trágica e pouco incomum, vale a sinopse de algum tipo de cinema mudo com a frase emblemática da nossa sempre Sorridente-Presidente e encorajadora, “Dilma de Vermelho”: “PAÍS RICO É PAÍS SEM POBREZA, ou algo parecido no marketing político?” Na Saúde, ora esta, se a “saúde é o que interessa”, tem gente que duvida na sempre recontada história do agora adaptado conto “Nunca antes... para o ´depois` na longa história deste país!” Detalhe: Agende logo a sua consulta você também. Ou, pelo menos cante como o Raul Seixas cantou: ´Tente outra vez`! E Salve, seo Jorge para daqui um longo período de espera!

De modo que em certos casos as repetidas perdas quanto ao nosso “Monthy Python” politicamente correto não possa ser total frente a tamanhos apagões, com o povo à procura sempre de novas lamparinas caseiras, na queda de braço a regra é aquela que vem a seguir: “se no final não der ovo frito, pode dar numa boa omelete mesmo”. Vai da possível greve das galinhas e que esta não pode ser descartada, admita-se! O que, ainda, no gargalo de sorridentes discursos de governo, aconselham os estudiosos otimistas: “consuma (e ouça) com extrema moderação”. País rico também é país sem miséria até para os mais crentes que não se incomodam nem mais cantar o bordão: “Pasmem! De suspense”. Ou que, “sinto, amor, mas no momento só temos sopa de abobrinhas pro café da manhã - já incluso no cardápio o lanchinho da tarde, com o que será servido na hora do jantar”. E advinha o que temos para o dia seguinte? Consultar nas notas fiscais e de o quanto pagamos de impostos, isso só vai aumentar a tortura da nossa árvore cronológica no carrinho dos supermercados, hã? Ah, sim, alguns falam em “mega-liquidação” até no encalhe verbal de última hora - tinha esquecido.

Como escreveu o autor Alexandru Solomon em seu novo livro, “A luta continua”: “para que sustentar uma falsidade com tanta verdade dando sopa, ou afirmar ser verdade o que sabidamente é falso?” Os pobres - e por certo os bem esquecidos ululantes, aqueles estrelados de sentinela, que se adiantem em responder na hora “H” dessa nossa sobra de grandiosas expectativas, amém! Afinal, o papagaio - talvez no plural - nem sempre é aquele que maldizem apenas como o cria ´cuervos` do temido pirata em alto mar, nem mesmo com seu netbook de penúltima geração. Tudo bem? E se ainda está para ser aprovada a nova “Lei da Inércia e da Procura” em Absulândia Brazilian Now, por que não incentivar aquela outra lei pós cadeiras e pastas assumidas com a incrível “arte de não fazer nada”? Certamente por onde, na cabeça do atarefado Manezinho tão bem acomodado nos arredores de Reilândia, que era o que ele mais queria.

Pasmem! Mas só não vamos esquecer que daqui uns tempos teremos a badalada “Copa do Mundo” próximo daquilo que, digamos quem?, se não for boiar por completo via torpedo, vamos afundar na... Pois sim, e como também não quero alongar nada mais sobre os tais “cachorros” e a breve aparição da bunda branca da Rita Lee na “Capital da Esperança” outro dia, que não faz meu gênero, número e grau... “Não provoque, é cor-de-rosa choque”. No mais é:

- Hello, Mary Lou! So hello mary lou...


Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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