Tevê à manivela
Nada a comparar de tudo o que foi dito, com tudo o que repetimos dúzias de vezes ao dia, e coisa que não vou dizer por todos mas que está escrito que somos aquilo que comemos... Vale a ressalva que pós período prolongado de quem “segura o piano” dentro de mais uma opereta eleitoral (prometo na próxima não tocar mais nesse assunto, ora, pareço feito eles que tanto martelam e logo começam a enrolar/moldar no ´chiclé diet` na língua) de repente havemos de concluir que tem gente que redescobriu o Brasil de verdade! Quero dizer, um novo Estado-SP e aonde se acomodar. E não vou apontar no dedo mínimo em vão quanto a quem sabemos meter o bico em tudo - diga-se lá, o ´Grande Pai Iluminado` por sua rouquidão. Não é à toa que o robô Curiosity da Nasa em breve venha a ter um novo visitante na área, para, num futuro menos próximo-distante, promover o assentamento de terras para muitos dos nossos esperançosos e que acredita ele, sabiamente, que o projeto pode dar certo. “Sem ninguém temer aquele fuzuê medonho de reintegração de posse, companheiros!” (“O povo unido jamais será persuadido.”) Zeroastro Lulowisky talvez tenha dito! Aliás, Marte não é logo ali? Os sem-terra que abram bem a luneta ocular logo na frente de linha do pré-sal e no bom entendimento que isso pode servir também como fonte de campanha rumo a 2014 com uma nova estrela a brilhar em outros lares. Corrigindo, planetas. Luz para todos. Terra vermelha, direito a ´Comissão (frente-verso) da Verdade`. Farinha no prato serve para fazer mais bucho, se é que não foi tão bem explicado! Se enxergamos anos-luz (mesmo além daquelas de Ribalta) o terceiro mandato, no acordo de cavalheiro (ex-predidente/presidenta) há que pegar na moral da jogada. Mas nada de chute no traseiro com quem lava e cozinha primeiro. Relembre. A ordem dos fatores pode estar na escolha do produto. Feito o pepino que a gente come logo cedo e fica com ele entalado o dia inteiro. Outros, no prazo estendido por mais de oito anos inglórios... A miséria e a fome-zero sequer saíram da cortina de fumaça no belo espetáculo do enriquecimento ilícito tido como impessoal. Se o James Stewart interpretou magnífico o papel ´O Homem que Sabia Demais`, então, Alfred Hitchcock passa bem, sim senhor. E por que criar mais mestres do suspense naquilo que daqui há 99 anos pode dar certo? Vai lendo. Que com esse negócio de ´país rico... 100 miséria` - regido pela nova “Lei dos Recursos Minguados em Vão” -, acaso eu (em primeira pessoa) não tenha percebido de todo quanto ao meu “Atestado Vitalício de Pobreza”, a carne de segunda aqui no “meu barraco, minha dívida”, só às terças; a manteiga Quality, no pãozinho brasileiro - que tanto cismam ser francês - é numa passada só. De ida. Quanto àquele tão aguardado hot dog na sessão boca-livre de final de semana, quando tem, a salsicha, na lembrança do Frigor Ede, vem dividida ao meio. Sob medida. O que não deixa de virarem duas, com a galera concentrando-se toda no ronco da lombriga lá embaixo esquecida. Se foi pouco para tantas homenagens às vésperas de novas posses filarmônicas municipais para janeiro próximo que entra? Basta perguntar via internet aos obstinados trabalhadores, sim, dos nossos (?) galantes representantes, que se eles decidem os seus próprios salários através de atos secretos, jogo do bafo, palitinho, baladas noturnas - e por que não? -, porém nada de conversa fiada no Ipod para atrapalhar no rumo das negociações... - dor de cotovelo, isto sim, só para o pobre do Pitágoras que por certo tinha que contar na ponta dos dedos. E como por hora sequer vamos lembrar no “face to face” dos nossos gloriosos “santinhos iluminados” que aterrorizaram a cidade de cabo a rabo, passando a culpa do ´lixão não-reciclável` pro lado dos assessores, para aquele desatento que perdeu o rumo da história, ou que por incontinência na vertente do assunto, jamais vai encarar o fato que se uma coisa tende a dar errado, vai dar errado... Pronto. É ´pá` e bola. O pote de leite sobre a lista de oferendas já está derramado. Só não me questionem de ´olho gordo` do por que dos números pares viverem sempre em atrito com os números ímpares. Ou que, para confundir um pouco mais na caixa de mensagens, do também porque do cateto oposto tanto se opor com ao pobres adjacente. “O quê? Briga de família? Ah!, nada como sair à rua quando o circo no barraco daquela cobiçada vizinha está no seu ápice (ia dizer clímax, no golpe da mini toalha de banho) mais emocionante, em segurar o tchã! Hã?” Findo a desdita e tal garantem eles (e quem mais, ó idolatrada Adalgisa?) - dos em julgamento - que vão pagar suas duras penas em cestas básicas, atos de caridade, prestação de serviços, de caixas na sessão dos achados / perdidos / esquecidos, redes de fast foods - “com você!” - e como manda o dito ora reformulado... da gente poder “agarrar com unhas e entredentes”, é pouco para tantas homenagens. Já sobre a Era Lula, ah!, de novo?, como rosnou seguidas vezes aquele técnico bacana do futebol, o Velho Lobo Zagalo: “Vocês vão ter que me engolir”. Custe aos cofres públicos o que mais custar! O resto, só se não for à base daquela famosa dobradinha, e melhor torcer para que a buchada de bode dure pelo menos na 5ª etapa àquele que vai Haddad de comer. E por onde, sem dúvida, chiar por aqui, chiar pelo menos a gente chia! Ah, sim, ia me esquecendo: “- Amor, você está me sufocando! Dá para parar agora”...
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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