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COLUNISTA
Celso Fernandes
30/10/2012 - 15h03
Valei-me, Seo Jorge!
 
 
Tevê à manivela

• Bem certos em poder repetir que expressões novas se multiplicam em plena luz do dia - em noites de apagão nem é bom a gente plugar - então, do porque de sempre acomodar o rei na barriga e nunca a vez da rainha, fica mesmo a desejar até por conta da ordem de algumas desigualdades sociais. Seja dito. Já quanto ao fato do costumeiro “fechado para balanço” e, portanto, nunca aberto mesmo dentro da ´tela-nossa-de-cada-dia`, vai de iguarias além do consumidor! Pois, com ou sem a conversa fiada do meu “mensalão-mensalinho” na boca do caixa-2, como de todo sacrificado trabalhador, os dólares de Dolores continuam sendo os dólares de Dolores. E quando, de fato, sai a “Avenida Brasil”, entra o “Jorge Cavaleiro” da vez! Assunto batido ou não, novela é novela, e daí?

• Haja o que houver e doa a quem doer vamos ao que interessa dentro do nosso mercado que nunca esteve aberto para tanto peixe enlatado assim. Vamos customizar a nossa massa cefálica antes que as super metáforas desapareçam tamanha a inflação embutida na alta dos preços. Até mesmo aquelas com o sumiço dos mutilados acentos em meio às palavras gaguejadas. Seja das menos graves com as menos agudas. Aliás, se molhar as palavras faz grande sentido algo que pela lei do ante-bafômetro - aquelas do jogo do bafo, da lorota, dos trololós rotineiros, dos fatos e pós fatos, que no final das contas adivinha só quem é que paga a conta? Principalmente daqueles que tanto trabalham e labutam pelas nossas causas muitas vezes perdidas, hein, Joãozinho?

• Mas claro, se por outro lado temos à disposição aquilo que não se traduz de imediato ao pé da letra a não ser com o recurso da ferramenta do “Google-sapiens”, com o Wikipédia e cia., vou lá recorrer ao sabatinado Aurélio na estante de que maneira? Ainda mais dentro desse glorioso mundo informatizado de hoje que não me deixa perder nenhum fio de cabelo a mais daquilo que tanto suei a camisa, lutei - ou seria caduquei? - para poder decifrar e agora está a dois palmos do meu nariz. Basta saber lidar, isto sim, copiar, colar e quem nesse mundo de meu Deus vai querer duvidar que a ideia não foi só minha, inteiramente minha, e de mais ninguém?

• Porém, quanto àquela história sem moral do menino encantado com os cavaleiros da tábula - acho que ainda - redonda, o também Zezinho, agora promovido ao aumentativo Zezão da área (para quem não morou na jogada no joguete do empurra com a barriga até nos moldes “tanquinho”) e que chegou todo serelepe para a mãe, dizendo: Mãe-nhê... quando eu crescer, quero virar político, quero virar parlamentar, trabalhar três vezes por semana, ganhar bem, ter direito a remuneração extra-grande, garantida pelo meu esforço junto ao eleitorado, dar tapinhas nas costas de quem provavelmente nunca mais hei de querer ver mais pintado a não ser em dia de eleição, andar cheio de estrelas avermelhadas, merecer verba paletó, colarinho branco tipo Omo Total... Mãe-nhê, quero ter Ipod de (pen)última geração - da Apple! -, enviar torpedos, passar uns trotes pro ex-presidente da república. Quero ter carrão particular bancado pela Câmara, viajar até não poder mais igual aos mercenários do Lula; meter o bico em tudo, herdar gabinete próprio, falar pelos cotovelos, engolir abobrinhas; quero ter imunidade própria, anti-vírus “corrupção” mesmo que condenado por algum tipo de desvio de verbas - sabe como é, a carne é fraca e coçar os bolsos nem se fala! Mãe-nhê... eu também quero deitar e rolar nas costas do governo.

Resultado. O que, por onde e por zona de direito, podemos concluir por a+b que vivemos ou não vivemos um momento político 100 vergonha de ser feliz?

- Hein, o que foi que disse? Seu não ia falar da global “Salve, Salve, o Jorge” (da vez), que mal acabou de estrear bem dizer ontem e o pau, ops, já está comendo por fora? Do “Seo Jorge”, ora bolas, a gente fala depois. Ou será ainda o Benedito que existem coisas que você vê na telinha do plim plim, porém, que não deve fazer dentro de casa? Brincar de queda livre em cima do sofá, só se o tapete for do tipo “Tabacou”. Mas nada de praticar a céu aberto aquela do desvio (batata) “não é nada disso o que você está pensando, querida”, e logo com quem!? Logo com aquela despeitada do Grajaú, roendo-se agora aí, na ´fossa`, até mesmo nas unhas dos pés! Isso é só mais um triângulo, digo, “quadriângulo amoroso”! Do resto, aos poucos, todo mundo vai ficar sabendo.


Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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