Tevê à manivela
• Tal ponderou aquela pessoa tão esculpida e amada até os dentes outro dia, que tem certos tipos de imagens que mexem de verdade com a cabeça da gente - na vertente do assunto, nem se fala -, o que é de instrutivo levamos sempre adiante, concordas? Os turbinados, ainda que pela lei da gravidade alheia, não reclamam. Calibram ao máximo até onde não der mais e quem sabe em nome dos balões infláveis que encantam a rapaziada ´apertada` em dia de festa, na mais pura folia virtual a menos de dois palmos do seu nariz. • Vai vendo, mas também vai lendo que se para tudo hoje em dia das regras sempre abrimos dúzias de exceções, as motivações - com ou sem a admissão de ortografia inovadora com que muitos estão ligando em ser atuais, eu ´também vim para confundir e não para explicar`, sic, na voz do Abelardo Barbosa, vulgo o Velho Chacrinha a distribuir o bacalhau em auditório a toda época do ano. E uma vez que bem descascamos o nosso abacaxi entre as honrosas abobrinhas de governo, valei-me meu Deus!, do tamanho do pepino a ser repicado diariamente no grosso calibre quanto ao que dizem de condenar, por exemplo, o Jacó do Bandolim por recebimentos ilícitos, se o mesmo gostava era de tocar o pandeiro iluminado, estrelado. • Como? Mais notícias de desvios de verbas doleiras e eu lá sabia do que andam pichando na mãe-Net que em horas de maior euforia o nosso ex-Guia “Molusco” queira adivinhar (por antecipação, e na livre concorrência) quais serão os primeiros países a tirarem a sorte grande logo na primeira rodada da Copa de 2014! Nossos gigantescos aviões, prometem os anfitriões de mais um nocaute aéreo, vão levantar voos bem além dos gigantes cargueiros bicados na pista. Descartando-se a lista dos manjados apagões, sim! • Em curtas palavras, enquanto a sociedade se mobiliza de um lado e a corda bamba parece mesmo nunca (cor)romper do outro graças ao esforço físico e de algum “companheirismo” acirrado, uma vez que o significado da credibilidade passa a ser produto genérico receitado em drágeas moderadas... creditar, ora pois, na linguagem de outros, também é preciso. Trabalhar três dias já vai ser um sufoco! “Sou Parlamentar, de carteirinha assinada pelo povão, meus amigos, eleitores, coloco-lhes o ombro no lugar rapidinho”. Ou, quem sabe se de repente contarmos de novo por estas entrelinhas a história do gato escaldado - de seguidas CPMI´s - que não tinha medo de água fria! • Refrescamos os assentos, isto sim, na questão do bom humor não faça a guerra e que desta vida não se leva nada, sequer nossa boa ossada? E se em suma o dinheiro é ainda a raiz quadrada (em espécie) de todos os males, tudo o mais muda no troca troca do que seja menos real. O que ocorre é que de partido para partido (na lógica do vale quantum pesa no bolso), tudo resulta numa moderada “prestatividade” governamental em plena demagogia. Principalmente pós passa e repassa de cadeiras assumidas, quando os meios nunca justificaram os fins tanto assim. Que fique claro! • Hein? Que disse? Se quero ver uma nova reprise no telão do Central Park Global o desfecho de quem matou o Max (Well) na bem dizer arquivada “Avenida Brasil”? Quem matou o Max foi a Carminha (a mulher de verdade) que teve peitos, ops, para fazer isso. Digo, aquilo! Quero mais saber é da escultural Tessália que o sortudo do Leleco papou! Sem enxertos adicionais! E se eu for querer viajar no tempo, desvendar de verdade o crime da maquiavélica Odete Roitmam (Vale Tudo, 1988) - que para mim não ficou bem explicado até hoje. Chamem o Sherlock Holmes! E se sobrar outro tantinho de DNA no luminol televisivo antes do próximo comercial (muito mais para aqueles que vivenciam a onda de crimes em série na ficção dentre os nossos repetitivos autores, de quem deu cabo no pobre ricaço do Salomão Hayala (O Astro, 1977) e que por mais engraçado que seja, este também não sabia de nada. - Um sem noção, eu, Adalgisa? Podemos considerar meio lá e meio cá no passo, um breve “até que de bom tamanho”. Mas e quanto aos outros, ali, de bandeja, não o são? Em tempo! Sonoro, é claro! Dado a boa notícia que por enquanto não temos a boa notícia, a que vem a seguir é aquela em que “eles” continuam velejando de vento e popa - ou seria de ´pilar em pilar`, por mares nunca antes visto antes o que bem entendem pela ordem do rico reinado de Reilândia e aonde fica mesmo? Muito pelo que - como a vida não limita mais a arte, registre-se isso nos autos - em rede, tal aquela frase de muletas a ser reformulada, “o povo unido...” do resto todo mundo sabe. Aliás, isso é coisa de novela ou é a história da minha vida que realmente virou uma novela na velha condição de um eterno aprendiz? Hum, não sei, não. Mas posso pensar?
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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