Julinho Mendes | |
A tartaruga da imagem acima é uma espécie que, eu digo, não é rara e nem nova. Basta andar pelas praias [de Ubatuba] e principalmente nas margens e desembocaduras de rios, que encontramos tais espécies, como por exemplos: tartaruga tampão, trosbalo ovado, lula preservativo, siri sapato, tubarão cueca, baleia colchão, toroço gudião, bacalhau modess, garoupa pneumática... Uma infinidade de seres transgênicos criados nos laboratórios de engenharia genética do povinho sem educação, sem respeito e sem noção, que lança nas águas dos rios tais seres aquáticos, e que daí chegam até as praias e mares, poluindo de todas as formas a natureza que nos alimenta. Por mais que os professores e a escola, que rádios e TVs, que ONG’s e associações trabalhem na conscientização para preservação do meio ambiente, o zé-povinho não tá nem aí para esta questão. Mudando de foco, mas comparando a mesma situação, estive numa noite dessas na festa do Divino Espírito Santo, na Praça da Matriz, embora tivessem lá várias lixeiras, o lixo sobre o gramado e espalhado pelo chão, tava feio e vergonhoso; sinal de falta de consciência e é numa hora dessas que a gente vê que existem falhas em nossa educação. Voltando a nossa “tartaruga tampão”, acredito que o projeto Tamar não fará questão alguma de proteger tal espécie e muito menos o nosso amigo Eduardo Souza terá vontade de apreciar uma sopa dessa tal marinha, nem mesmo que seja temperada com bastante coentro e alfavaca. Nos anos 70 apareceu na televisão brasileira a figura do “Sujismundo” em campanha publicitária a favor da saúde e da higiene que tinha como bordão: “Povo desenvolvido é povo limpo”. Quarenta anos depois... E daí José?
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