Tevê à manivela
Extra! Extra! Extra! “Planeta Diário Mané Cachoeira, Urgente”. Direto dos corredores de Absulândia Brazilian Now!, atual divisa com o rico reinado de Reilândia!, inPACmania. Porém, não sei se um tanto mais grave, agudo, nem tampouco menos sonoro assim. E como neste capítulo não pretendemos pichar muito na ordem dos fatores ou do produto, “cale-se agora ou cale-se para o todo e quase sempre” ora dito em episódio anterior, e de mais aquém! Respiro. Plantão “CPI Sigilosa” em andamento, a todo vapor, só entram convidados VIPS - não ouvimos, vimos, pressentimos nada. Salvo conduto que Vossas Excelências já trataram de perguntar de bom tamanho, ´que bicho vai dar hoje?`, sequer vamos questionar o nome de qual mamífero preguiçoso pertencente a classe Xenarthra (Edentata ou Desdentada, como queiram) que pouco está se lixando na pressa do cronômetro a fim de escalar todos os galhos daquela árvore recém-instalada a sete chaves. Quem tiver ´auto-controle` - algo que remoto - que acompanhe o desvendar dos fatos e artefatos. - Soltem Barrabás!, os rojões, os tambores, a (fan)farra da minha maquiada zabumba, pois, essa macarronada é nossa! Enquanto isso, no país das apurações, onde a pobre e sonhadora Alicie pode ficar de lado, ter que explicar-se, sentar no colo, fazer uma fézinha, treinar paciência no celular, ´torpedear`, é o que mais temos ´pagado` para engolir frente aos telegramas de Senado, tudo leva a crer (e não devemos?, adverte o contribuinte da salada caseira, a russa é para os russos) que também adiar, buzinar na orelha de abano, jogar conversa fora, serve para ganhar tempo. Time is money! E nada como colocar uma pedra em cima do que foi dito, por exemplo, daquele maço volumoso então sacado na boca do caixa em épocas de Valériodutos, Genuínos, Delúbios Soares. Admitam-se lá, pouco importando o tamanho da língua do beneficiado, que por justo merecimento comeu com os olhos no ato de embolsar na Lei da Lógica. Ao sacado o que é do ´sacado` por direito e comprovante final. Sósias e adjuntos, mesmo os separados, agradecem! Afinal, ser um mero aprendiz não é só pretexto para figurantes noveleiros. Fortes candidatos ao torcicolo constante. Adiante. Ainda que por regra inovada, quem sabe aquela bilabial, “Cobra que não mama, bota ovo, não caminha, também não espanta o sapo”, certo? Por isso, a lábia, o desvendar, a lentidão do fala-manso atarefado, dos risos tortos, acanhados. Onde, adaptando do romano Júlio César (44 a.C.) “Veni, vidi, vici” com o nosso período político-insustentável 2012 d.L atual - 2013 vai ser o máximo da máxima entre ´Cumpanheirismos Associados` no logotipo: “Vim, vi, discursei, prometi, convenci e não cumpri”. Destarte há quem aposte na futura/próspera (A) ´Fundação Pró-Mensalão` com o tal do ´acordão` do que se virem - esquerda-direita-volver - como bem eles entenderem. Aceita-se simpatizantes. Resultado: “Meu magro mensalinho de 622 paus que aqui lacrimeja, não goteja como as ´verdinhas` surrupiadas de lá”. E por que vou passar novamente pela “prova da valise”, do “recheio” na cueca, da modéstia da mala - com o ´mala`, este escolhido a tiracolo - se ainda posso primar/optar pelo silêncio oportuno permitido por liminar? Calado (eu em primeira pessoa) engano até o mais sofisticado polígrafo (ou detector de mentiras, como queiram usufruir os menos súditos). Sensores, tubos flexíveis, que se espichem. Não falo, não abro a boca nem para engolir o Camicase eleito daquele mosquito que resolveu aventurar-se à própria sorte sem o uso do capacete. Suspiro. E quer outra! Então vai... Uma para ajudar o manjado sujeito da história a refletir entre quatro paredes, quem sabe naquele momento único/acelerado - apenas você e você - de cara com a lei da gravidade, além do inevitável e espremido requinte lacrimoso, ops, sem exageros: “Salvo os parênteses da nova ortografia, uma pena que muitas vezes esses não se distanciam em nada dos ´parentes` recém-empossados”. De tabela, atos secretos, sim senhor, senhor Sarney. Quiçá, as aspas, não duvidemos, quando não confundem, muitas vezes inocentam. Livram o peso da memória na hora do descarrego até do seu arquivo morto no “facebookmania” universal. Tempos modernos. Biofusão. Química digital! Voilá, só para refrescar, vamos ao festejo do nosso IPI reduzido. Se já contamos com os bem articulados e biarticulados Metrobus, o Monotrilho vem aí. Vamos atolar a cidade. Muito que improvável, os carros nacionais e importados - dois andares - vão de circular em horário de rush por aqui. Se na Austrália até cão raça coolie alemão dirige buzão... Não custa anotar no seu lembrete de ímã de geladeira adquirida na promoção! - O que disse aí? Se foi duro aprender a bela dança acrobática dos cossacos, bah, ando mais é querendo aprender aquela outra que baixou direto de Angola por aqui. Uma tal de Danza Kuduro!
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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