Tevê à manivela
Bem mais certos de que dentro dessa nossa caixinha de surpresas batizada de televisão (do original television - telecommunication or ´complication`) note que de surpresas funciona como verdadeiro composto de claquetes mecanizados que alimenta mundos e fundos desde a sua criação. Se tem de baciada? Quando não muito aquelas altamente forçadas em ´biwolts`, válvulas, temos de quebra também aquelas vindas de sobreaviso, peneiradas à distância, “assiste quem quiser”. Que é quando engolimos, isto sim, o(s) sapo(s) da consumada estória. Quando, ainda, não boiamos no repetitivo e lacrimoso ´the end` da tramóia que por tudo o que é mais sagrado não podia terminar daquele jeito assim... e ficamos igual a um pedaço daquela letra do Paralamas do Sucesso, “de gaiatos no navio”. Então, vamos a mais uma sessão Simancol da minha, da sua, da nossa TPT (Tensão Pré Televisiva) da semana, que o resto é conversa fiada - porque conversa fiada não paga imposto, né! • Dito e feito, o bom é lembrar que em tempos reais (seja por ordem daqueles mais bicudos e agora em fase de crescimento, asseguram estudiosos ´dilmistas` de plantão, não tem como so-negar) que muitas das nossas verbas, verbos e verbetes ora acima/assinado e bem intitulado, acredito, são daqueles do tipo que sobem, descem e que reaparecem diuturnamente das nossas vistas de canal em canal. Bolas! Nós também jogamos com os hipopótamos! E tudo depende do clique de cada um, verdade? Aliás, na sempre árdua briga pelo controle remoto, reciclar os cliques, eis a questão... • Segue o tema. E como todo mundo deve ter percebido que acabou de vez o ciclo maquiavélico escada-abaixo da irada-debochada Tereza Cristina de Fina Estampa (oh!, já esqueceste a cena, Adalgisa?) em que ela só não levou o grifo na testa da pobre enriquecida encanadora Griselda (em novela tudo acontece, o céu não é mais o limite, registre-se isso) devido ao inevitável “Corta” - o besteirol? - superou a máxima no minuto final da saga do Aguinaldo Silva. Quando muitos deram o ar da graça de não perguntar de onde foi a ideia do autor (e co-autores, por que não?) em colocar justamente uma arma/ferramenta como aquela na bolsa da senhora bigodinho nos capítulos iniciais. Em filas de banco, portas-giratórias, supermercados - sem sacolinhas -, fast foods, pedágios em épocas de feriadão, horas de rush, se a moda-grifo da Griselda pega... É vero! Grude, mas é! Passa a régua e descongela agora na vã esperança do repeteco “Vale a pena ver de novo” daqui a algumas décadas. Ou seria anos luz? (Help, please, eu tinha que escrever isso.) • Abre aspas. Como hoje existe dia para tudo, no próximo “Dia do Amigo Virtual” vou fazer campanha “facebookmania” no feitio “Meu mundo virtual e nada mais”. Como épocas de sustentabilidade insustentável em redes sociais é o que mais se tem ouvido falar, só quero ver o dia em que lançarem programas em formato 3D (do famoso terceira dimensão, para quem não sabe) no que vai dar. Portanto, caro amigo (e)leitor, abrace essa campanha, peço o seu voto de confiança, pouco importa o tamanho do seu LCD, teclado, mouse, conexão e cia. O calor corpo a corpo vai ser um só, acredite. Fecha aspas. • E mais! Noveleiros e noveleiras mantenham-se de sentinela pelo futuro projeto NET 3D “Facemania” (o Mark Zuckerberg que se previna) que poderá render lucros consideráveis até para os mais ou menos desocupados com a enjenhoca, e no que garantirá nas disputas virtuais em massa. De repente, com a aparição do Tarcísio Meira (com a sua Glória), de um Chico Cuoco - versão anos 70`s - ou de um Rocky Balboa (“sem dor, sem dor”), apanhando nos ringues MMA atuais. Claro, além de câmeras indiscretas ora a captar sons alienígenas ao nível 2.0 sob edredons na série BBB´s do Palácio da Fartura Global. (- Quê?, alguém aí maldou coisa feia de ofegantes “nhoc nhoc”, “Oh, yes, yes, yes”...). Quanto a sedutora Suellen (Isis Valverde), a “Maria-chuteira” de Avenida Brasil, haja concorrência entre redes e mais redes e de bandas largas congestionadas que a “Dilma de Vermelho” quer liberar nos aeroportos e rodoviárias. • Quiçá, uma final bem rapidinha vinda lá do alto mundo dos nossos politicamente corretos no país das apurações sobre o tal do julgamento do MENSALÃO (qual, hein?), dizem que no mês que vem sai. Talvez no outro. Corrigindo: no seguinte. Ou seria no... Por vias das dúvidas (não confundir com cargas d´água, que cargas d´água por enquanto é com o emparedado Carlinhos Cachoeira e trapalhadas do Demóstenes Torres - o senador bem educado que não recusa presentes nem de grego), resumindo o que pouco entendemos do que seja aos ´verbos, verbas e verbetes` originários de Absulândia Brazilian Now (vizinha com a futura/próspera ´inPACmania` Reilândia), com esse negócio de MENSALÃO, entre um trololó e outro de ´guverno`, 77% de índice de aprovação, pesquisados somente entre eles, queriam mais o que? Melhor então esperar que recebam os atrasados primeiro! Daquele outro suposto caso a gente conversa depois.
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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