Tevê à manivela
Só para registrar uma vez mais que ele (r)existe e é universal em todos os setores e que copiar, colar - e pensar que a ideia foi totalmente sua (ou dele, como queiram) e de ninguém mais - não tem como escapar... Imitar é preciso, Zequinha. Nem quero saber quem sacaneou o José nem tampouco aquele que descarregou a borracha na pobre da Maria no conto do vigário. Que da cópia, isto sim, o seu original compilador. Em redes sociais, do tipo passatempo e de objeto de terapia ocupacional, não tem para ninguém. É vapt-vupt. “Viu só, eu não falei?” Já quanto a Era do Degelo, da Dentadura Postiça, do Passa ou Repassa; do ato de perguntar aos universitários, dos enxertos peitorais, nos infláveis, isso é uma outra história para ser contada em ocasião próxima/futura ou quem sabe em uma nova caixa de ferramentas tele-auditivas que está para chegar. Por hora, dentro do nosso quadro do “tudo é possível” nesta imensa exposição de imagens que nos volteiam hoje até em 3ª dimensão entre riscos, rabiscos e chuviscos (dores lombares, bico de papagaio, a espera do contas a pagar, o padeiro, que se lixem!), e ai de quem falar mal do rodízio ministerial da Dilma de Vermelho que continua de vento em polpa. Então, ao verbo, as verbas. O nosso Real anda podendo tudo, dizem! O chute no traseiro de 190 milhões de brasileiros na bronca ensaiada pela FIFA outro dia, passou para a prorrogação - todos ouvimos - pois o que mais eles querem é ver somar os números até em nome da cachaça. Diga-se lá, quem paga ½ entrada, não paga inteira, né? É vero! E nada como ser um nerd pelo menos uma vez na vida, outra na sorte, para morar em certos tipos de jogada. Quando pergunto: Onde está Wally, hein? Wally Gator (o crocodilo, para aqueles que se recordam) está no Brasil! Mas como ia dizer mesmo... se sete são os pecados capitais, juntados ao maior, que espelha-se no da carne, mesmo a quem não se renda tanto ao visor da tenda dos milagres televisivos, loucos para mergulharem uma ´veizinha` só na piscina da juventude - claro, o tempo passa, não tem jeito - quando o melhor mesmo é não entrar em atrito contra aquilo que manda a Mãe-natureza em pessoa, certo? Muito pelo que, obviamente, como descreve o ditado que na vida tudo deve começar por um bom ponto de partida, não significa que o verdadeiro sujeito da jogada tenha lá que se dirigir a um terminal rodoviário nem tão pouco permanecer o dia todo feito poste, pedindo carona na beira da estrada. Em horário de pico quem sabe numa free way torna-se mais impossível ainda, só para não passar em branco mesmo que se tenha em mãos o tal do bilhete único quem sabe pós novo episódio recente de rapagão na CPTM e no metrô paulistano a caminho do mundial do futebol. Só não chute o balde porque não tem jeito e fugir, bolas, não tem como. Portanto, encontre o seu ponto, pronto, e dê o pontapé inicial no apito do juiz. Estamos progredindo, garantem os “grandes” vigilantes do peso de governo de Absulândia Brasilian Now. E eu não quero soprar nada sobre aquela pesquisa que anda rolando na revê do concorrente “homem do baú” no quesito “personalidade brasileira mais famosa de todos os tempos” e se alguém mais (eu disse “alguém”) está vibrando a torto e a direito para que os tais 99,99% que o aprovaram se lembrem de quem foi, é, e sempre será “O cara”. Ora, em nome da nossa santa malvadeza em questão, façam-me o favor! Que para mim foi o Cridão na sua mais vã esperança do nunca antes na história deste país! Percebe? Só para não esticar muito mais no assunto de que o fenômeno ato de plagiar uma obra retórica, se apropriar do que é alheio, tipo um nada simbólico “ai se eu te pego”, seja lá abaixo ou acima assinado, pode também dar nó na ponta da língua com o decorrer do tempo. Telemaníacos que se cubram. Porque uma vez comprovado que nada permanece por muito tempo às escondidas perto do esquadrão do vox popoli, todo cuidado com o calo nos dedos, idem, é elementar. “Por que haveria eu de pensar se o intelectual da coisa me deu tudo de bandeja, hein?” Grosso modo, ou não é de praxe dos nossos obstinados criadores-criaturas inspirarem-se sempre - e para o todo sempre - em porções “físico-esculturais” no que vem sempre, digamos, de longínquas terras de mister Sam!? Digo, de Hambúrguer Obama City! Where´s Wally, “gringols” experts no assunto?
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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