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COLUNISTA
Julinho Mendes
29/11/2011 - 10h06
Em Ubatuba, rezando a Anchieta
 
 
Julinho Mendes 

Na casa da gente, quando num reparo no encanamento ou mesmo na rede elétrica, as vezes acontece de precisarmos quebrar o piso, o azulejo... e, no acabamento, muitas vezes não temos o piso ou o azulejo que foi quebrado, para reposição e para que tudo fique igual e bonito como antes. Esse fato é corriqueiro! Pra quem está nessa situação ou futuramente precisar de um piso ou azulejo para reposição e não acha mais por ser uma peça antiga, eu indico o Asilo dos Azulejos que fica na rodovia em frente a rodoviária em Caraguatatuba (não sei o endereço correto), lá com certeza encontra-se as peças antigas de reposição. Já me socorri com sucesso desse asilo!

A imagem acima é do calçadão do “Caminhos de Anchieta”, no Itaguá. Nota-se que foi aberto um rego (mais um), e quebrado assim o piso tradicional. Esse tipo de ladrilho ainda é comum e fabricado aqui mesmo em Ubatuba, então, nesse caso, a empreiteira que está quebrando o piso para instalação da rede elétrica de iluminação não precisará ir a Caraguatatuba para comprar os ladrilhos de reposição, aqui mesmo a empreiteira pode comprar os ladrilhos para deixar a calçada como antes.

Pelo mundo inteiro, quando numa obra, uma empreiteira danifica pisos de uma calçada, praça, jardim... há no contrato uma cláusula que obriga a mesma a concertar e entregar ao município o bem público danificado, nas mesmas ou melhores condições em que se apresentava e a prefeitura tem o dever de fiscalizar e conferir a qualidade e o acabamento da obra. Isso é mais do que justo e correto! O munícipe agradece! É assim também na casa da gente! Pagamos para ter a coisa arrumada e bonita.

Só existe um lugar no mundo em que a coisa é feita a torto e a direito, sem qualidade, sem acabamento, sem cláusulas, sem leis, sem fiscalização, sem cobrança, sem ordem nenhuma: é na residência da tal mãe Joana, que pode ser tanto uma casa, como também uma empresa, uma administração, uma cidade...

Coitada da Joana (rainha de Nápoles e condessa de Provença), embora sua casa fosse uma bagunça no tempo da Idade Média, hoje, em pleno século XXI, por causa de alguns administradores, seja de casa, de empresas e principalmente de administrações públicas de cidades, a “sexcentenária” falecida Joana ainda leva culpa. No caso das administrações públicas, por diversas razões, a mãe Joana fica em constante evidência.

Em relação aos vários regos abertos no “Caminhos de Anchieta” no Itaguá, eu não tenho dúvidas de que...

Aí o amigo transeunte também duvida:

- Será? Mas e a cláusula no contrato...

- Você acha?

- Pois é!

- Mais uma vez, coitada dela!

- Não, não! Não vamos ficar achando, calma!

- Então vamos esperar pra ver.

- É, enquanto isso vamos rezar pra que Anchieta se conscientize, ou melhor, pra que Anchieta faça conscientizar tanto contratado como contratante.

- E que a mãe Joana salve-se dessa!

- E Ubatuba também!

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