Julinho Mendes | |
Apesar dos pássaros também quererem um monumento que os homenageiem ou o da imagem acima quisesse receber uma “moção de congratulações”, eu acho que não foi nenhum protesto suicida. Provavelmente foi um acidente, uma fatalidade numa briga com um outro macho de sua espécie ou até mesmo no momento de acasalamento. O fato é que o pardalzinho morreu estrepado na farpa do arame esticado em todo o perímetro da área do aeroporto estadual Gastão Madeira. Parece-me que existe uma lei que proíbe a colocação de arame farpado em região urbana. Nesse caso, cabe às associações protetoras dos animais e/ou associações de observadores de pássaros reivindicarem indenização pelo fato ocorrido, perante o Governo do Estado. Quem sabe o Governo do Estado se sensibilize com a tragédia e em apoio aos ornitólogos de plantão, confira o direito e destine verba para construção do “Monumento ao tangará-dançador”, em homenagem aos pássaros de Ubatuba, que tanto são divulgados pelo mundo. É marcante os descuidos que “Dudu dos azulzinhos” tem com a cultura, com o folclore e com os elementos da natureza local, mas deixar de enxergar o fabuloso azul que tem o nosso tangará é pior do que descuido, pode ser daltonismo, mas a hora que se atinar para tal azul, com certeza e antes que caia fora, deixará sua marca, com a construção do monumento ao azulado tangará-dançador. Aí sim, podemos dizer que também Ubatuba é a “Capital da observação de pássaros”. Não estamos apenas a observar navios!
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