Julinho Mendes | |
E nas vésperas do aniversário da cidade deram um trato na orla da praia Iperoig, pintaram os banquinhos de azul concreto, completaram as falhas existentes no calçamento de mosaico português ainda resistente (mas que servicinho marretado, hein?!) e alguma limpezinha para o desfile do Dudu que inaugurou a iluminação que o Governo do Estado mandou o dinheiro. Ah se todo mês fosse aniversário da cidade! Agora é preciso mandar retirar os antigos postes de ferro enferrujados do local e tapar os buracos das caixas de inspeção elétrica que ficaram abertas (um perigo para os caminhantes). Mas não foi só isso que fizeram na orlinha. Sabem aquela tubulação arregaçada que há tempo enfeia a praia Iperoig e que sugerimos a reforma e, sobre a mesma, a construção de um “Monumento à sereia”? Então, ali, no dia do desfile do Dudu, parece que inaugurou-se também o monumento, não o da “Sereia”, mas o que vemos é o monumento ao “Corpo Seco”. E já que não colocaram uma plaquinha informando sobre a lenda, aqui vai: “Era um garoto ruim. Brigava com os colegas, desobedecia aos pais, não respeitava os professores. Cresceu e se envolveu com bebidas, cigarros e drogas. Sua ruindade cada vez era maior. Seu pai morreu de desgosto em vê-lo metido em maldades. Sua mãe rezava e pedia a Deus para transformar seu filho num homem bom, mas não adiantava. Um dia o rapaz pediu dinheiro a mãe para comprar drogas. Sua mãe era pobre e não tinha mais dinheiro; então o rapaz bateu na pobre velha. Nervosa a mãe lhe rogou uma praga. O rapaz morreu e onde era enterrado, no outro dia seu corpo estava fora da cova; a terra não aceitava o seu corpo. Foi jogado, então, entre paus, na beira de um rio; ali seu corpo secou e se transformou, parecendo um galho de árvore seco. Se transformou num copo seco e passou a assustar as pessoas que por ali passavam.” À “Sereia” ou ao “Corpo Seco”, o que importa é que temos mais um monumento. Querem saber? Gostei da obra! Obra da natureza. Mas a tubulação precisa ser consertada, porque não é o banquinho azul concreto que chama a atenção, é a feiura da tubulação estragada. Vamos lá, minha gente, a temporada tá chegando e não podemos deixar aquela coisa feia largada na praia. Ali é o “Caminho de Anchieta”, de turistas, de caiçaras, enfim, de eleitores em geral. Vai, Dudu, vai... Faça a turma trabalhar!
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