E seguem as bolsas pelo mundo colocando à prova os nervos, o estômago e o coração dos investidores. A globalização tem inúmeras vantagens econômicas para os países. E uma desvantagem: se der dor de barriga em alguém, vai todo mundo para o banheiro. Ao contrário do esperado por analistas financeiros, os mercados não reagiram bem com a solução encontrada pelos americanos, para o aumento do teto de sua dívida. A demora da decisão nunca vista antes nessas ocasiões, derrubou as bolsas pelo mundo e abalou seriamente a credibilidade americana. A economia americana, num prazo de apenas três anos, voltou a abalar mundo. Em 2008, por conta da crise, alguns bancos foram quebrados em função de operações de alavancagem nas carteiras de ativos imobiliários. Desta vez com o rebaixamento da nota do rating americano por uma agência de risco e a demora do congresso em autorizar o aumento do teto da dívida, numa clara demonstração de má vontade política com o presidente americano, seja por mera oposição política, ou seja pela cor de sua pele, as seqüelas podem ser muito maiores do que a de 2008. O presidente americano reclama da herança econômica herdada de seus antecessores, que colocaram os Estados Unidos em vários conflitos armados e dispendiosos pelo mundo sob a justificativa de combater o terrorismo. A conta, veio agora parar em suas mãos. O Brasil que sentiu apenas uma marolinha, nas palavras do ex-presidente Lula, da crise de 2008, está, de acordo com as autoridades econômicas, numa situação ainda melhor para o enfrentamento desta crise. É o que sinceramente esperamos.
Nota do Editor: Alex Frederick Cortez Costa (fredcortez@uol.com.br) reside em Ubatuba desde 1996.
|