Arquivo JCM | |
Não só em Paraty conservaram o antigo que hoje é ouro, tal qual o ouro verde e o reluzente de antigamente. Em Cunha também conservaram o antigo arquitetônico, o antigo cultural, o antigo tradicional. Nessas cidades souberam preservar e o mais importante e inteligente é que sabem misturar o antigo com o moderno, o rudimentar com o tecnológico e nessa miscigenação, as cidades prosperam e todo mundo ganha. Ganha em conhecimento, em prazer, em história, em felicidade, ganha em desenvolvimento. No sábado, estive no Festival de Inverno de Cunha e ganhei a felicidade de assistir vários grupos de congadas que se apresentavam num centro cultural. Vi e acompanhei a procissão do Divino Espírito Santo com suas divinais bandeiras em esplendores vermelhos; me encantei com o artesanato local, principalmente os trabalhos em cerâmica e barro. Tudo, tudo misturando o antigo e o moderno e valorizando a cultura raiz. Em Ubatuba, temos grupo de Congada de Bastões, temos Xiba, temos Dança da Fita, temos Dança de Boi-bumbá, temos Quadrilha Caiçara etc. Vai ver, meu amigo Zé, se esses grupos estão inseridos na programação cultural da nossa Festa do Divino, por exemplo... Não dá, né Zé? Gostaríamos de prestigiar nossas “festas”, mas com as programações culturais que se vêem nos cartazes, de nossas festas, temos mesmo é que ser turistas em outras cidades, não é mesmo? A coisa tá feia nas terras de Coaquira!
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