Com uma inflação interna que teima em mostrar sua face e um mercado mundial sob constante turbulência patrocinada em parte pela fragilidade dos países europeus, a presidente Dilma Roussef completou seus primeiros 100 dias a frente do governo brasileiro. O cenário encontrado por Dilma foi bem diferente daquele encontrado por Lula em seu governo. Naquela época, o momento favorável vivido pela economia mundial foi muito bem aproveitado pelo governo brasileiro, que por conta da bonança mundial, turbinou o PIB, criou empregos, pagou suas dívidas e colocou o Brasil na linha de frente da economia mundial. Sob este aspecto, a política externa adotada por Dilma, também difere da do ex-presidente Lula, que nos primeiros anos de seu governo, teve sua política externa baseada em países periféricos. Já a presidente Dilma Roussef, tem privilegiado em sua política externa os países que são potenciais parceiros para a economia brasileira. China e Estados Unidos, com seus números exuberantes, são importantes parceiros neste momento de turbulência mundial. O país precisa de mão firme e medidas precisas neste momento delicado da economia. A volta da inflação torna-se talvez o maior desafio para a presidente Dilma Roussef. O aumento da taxa de juros foi a política adotada pelo governo para o combate a inflação. Dificultar o crédito para conter o consumo aquecido, costuma ser um tratamento eficaz em todas as economias do mundo. O grande risco desta medida é errar na dose ou seja aumentar excessivamente os juros e comprometer toda a economia do país. Mesmo com estas aparentes dificuldades, a presidente Dilma Roussef vem mantendo a serenidade na condução do país. Pesquisas recentes já revelam grande aprovação pelo seu governo. Dilma, em pouco tempo, vem conseguindo descolar sua imagem da do ex-presidente Lula. Para aqueles que apostavam que ela seria apenas uma marionete nas mãos do ex-presidente lula, até que ela está decepcionando.
Nota do Editor: Alex Frederick Cortez Costa (fredcortez@uol.com.br) reside em Ubatuba desde 1996.
|