JCM | |
Quando, em 2005, nós do Grupo O Guaruçá, iniciamos um movimento cultural, a atração foi o Bloco Carnavalesco, com duas marchinhas inéditas: “Que bicho é esse?” e “O Guaruçá”; depois de muito tempo, reiniciamos o movimento das marchinhas inéditas em Ubatuba. Lembro-me, como se fosse hoje, quando em nosso desfile, ao passarmos pela praça, recebemos elogios e parabéns do então presidente e do assessor cultural da Fundart, na época, o amigo Martiniano Viana e o saudoso Ney Martins; mais do que isso, tivemos, por parte desses, promessa que no carnaval do ano seguinte (2006) teríamos o nosso I Festival de Marchinhas Carnavalescas de Ubatuba. E assim ocorreu, e nós do grupo O Guaruçá, interpretando a música “Cadê”, de composição de Mariza Taguada, fomos os vencedores do primeiro festival. E o festival tomou forma, características próprias e a cada ano aumenta o número de competidores e, consequentemente, o nível das composições. Com certeza, ano que vem, teremos mais gente e mais composições para elevar o nível ainda mais, e isso vai requerer um novo planejamento, regulamento, estrutura e condições ao festival. Eu vejo como fundamental importância, que a Fundart, como organizadora do evento, faça reuniões com os compositores e intérpretes, ouça as opiniões, acate as idéias positivas, corrija os erros existentes etc.. A administração, por sua vez, até por questões políticas, olhar esse festival como fator de atração e desenvolvimento turístico. Cá pra nós: fazer uma decoração decente, iluminação melhor, limpeza e pintura na praça, pagar melhor e aumentar o número de músicos, dando mais qualidade às músicas; isso minha gente, não é nada exorbitante, é apenas reconhecer e valorizar a cultura e a arte que o povo da terra sabe fazer e tem a apresentar ao povo visitante também. A todos os participantes desse festival, vai aqui os meus sinceros parabéns, não desistam nunca de brincar nesse festival. A questão de ganhar ou perder é mera conseqüência do evento, o que vale mesmo é poder mostrar a criatividade, a mensagem e o talento que cada um tem. Este ano fui contemplado com o primeiro lugar e minha inspiração veio do final do século XVI, na obra literária de William Shakespeare, Romeu e Julieta. Como, nós brasileiro, temos o carnaval para nos tirar do cotidiano, para nos remeter ao lúdico com brincadeiras e sátiras dos acontecimentos mundiais, locais, políticos etc. a marchinha carnavalesca nos remete a esse aspecto. A minha versão a Romeu e Julieta, ficou assim: Romeu e Julieta, logo na primeira olhada Ficaram apaixonados (ai ai ai ai ai) O fato aconteceu num baile de carnaval O sal gostou do doce, que nem queijo e goiabada (ai ai ai ai ai) Ele de Pierrô, ela de Colombina Bailaram um grande amooo-or De confete e serpentina Depois de muito beijo, muito samba e carnaval Revela Julieta o seu nome à Romeu: - Muito prazer meu beeeee-em, O meu nome é Juvenal Ju ju ju O meu nome é Juvenal Obs.: Parabéns à Fundart pela organização e realização do evento, parabéns aos músicos, e agradeço à minha mulher, filha e demais familiares, o apoio que me dispensam.
|