Tevê à manivela
• Alto lá! 2011 chegou aí com a cara de 2010 e não é que eu não havia percebido ainda! (Nem só de reprises sobreviverá essa nossa claquete virtual, seja dito). Coisa que dos meus “Três tremores”, a começar pelo meu controle-remoto sempre aposto, esse é o primeiro que fica. Entenda-se como quiser, pois, quem tiver paciência (claro, em nome da nossa santa malvadeza em questão) que assista. Mesmo que por ordem do útil, inútil e fútil, você pode até ganhar uns trocadilhos. • Porém, não tem igual! Final de ano e começo de ano em matéria de televisão, bate-papo, coisa e tal, nessa “caixinha de surpresas” (só não sei mais qual) só dá rebobinagem daquilo que vimos dúzias de vezes. Retrospectivas e o que mais no mundo das gafes - para não dizer outra coisa - vale mais do que aquela história do “Aberto para Balanço” não gravado antes. Daí o porque de muita gente relutar em preferir os velhos aparelhos compactos, aqueles à base de tapas, chiados, chuviscos (melhora ou piora?) para depois acompanhar tudo em preto e branco. Isso sem contar aquelas emissoras em fase de crescimento milagroso que cismam em colocar noticiários e especiais, diga-se lá, 24 horas repetidas no ar. (Temos delas que já se adiantam em reprisar retrospectivas para não perder o fio da meada, há quem arrisque, pintando o Sete). Como as que começaram a dar certo, seguindo uma “Liga”, ops, nem é bom falar. Tevê “decoreba” - in concert - é para ser consumida com moderação, bolas! • Ou, Yes! De volta também para o nosso “Déjà Vu Nacional” com tantos repetecos que só mesmo filmando um pouco mais do humor dos clássicos arquivados que animam apenas nos quadrinhos. Quanto ao tão aguardado epílogo (aquilo alcunhado de capítulo final, para quem não sabe, ou sequer se importou em querer saber) nem pensar. E eu não vejo a hora da mangiare telepizza “Passione” sair do ar para dar início a outro “quadriângulo” amoroso - tão próximo dos demais então encenados - que o pau vai comer solto. E se não comer, amolece. Verdade, seo Totó? Que a “Volta dos mortos vivos” venham em peso e pescoço com tanta regravação desse jeito. • Daí o porque daquela letra bacana “Começar de novo” nunca perder estrada. É tudo de novo como nos tira-teimas que servem mais é para caracterizar nossa fascinação contemporânea com certos trique-traques melhor computadorizados. Como daqueles que realizam coisas difíceis da gente acreditar. Logo, se a fila anda, a vida passa, oras! • E help, please! Só não me censurem que eu prometo ligar a minha parabólica herdada em plena época de (novíssima) crise aérea tipo “Operação Tartaruga” nesta virada 2010/2011. Do jeito que assistimos antes, capite? Virou moda, bolas. Na época da Copa só vai dar gol... Teste de paciência, vôo rasante, só por terra, ou algo assim. E olho novamente nos trololós do novo “guverno” que com toda certeza vai contribuir em muito para ilustrar esse nosso bê-á-bá com cara de quem pensa que chegou primeiro, esquecendo que tinha corrido sozinho. • Detalhe: Há quem diga que possa surgir por aí obra do PAC “Wikileaks para Todos” - inclusive pro bem dizer na ala agora do desemprego, Lula-lá no seu último discurso. Dizem que ele agora vai ter de viajar de segunda categoria no (re)batizado “AeroD.(®)” e que a “cumpanheira” Marisa pode se tornar sua porta-voz. Meu Deus! Se grifamos meses atrás por aqui sobre a “pizza do dia seguinte”, talvez essa ganhe outro recheio. Só não vamos esquecer de destacar que montar nas costas alheias para subir as escadas fica muito mais fácil. Ainda mais se a escada for do tipo rolante! - Esse ano eu quero paz no meu coração, somar $$ - como os NOVOS da CASA -, relaxar e principalmente gozar muiiitooo... Ah, sim, ia me esquecendo (ando ficando mesmo esquecido das coisas, dizem que é da vida, outros da...): “Tchau, Lula!”
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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