Tevê à manivela
Modéstia a parte coisa nenhuma! É chegada a virada de ano e ponto inicial. Tudo de novo, de novo, bolas. Saudades do que se foi é porque o Joãozinho sentado aí de plantão em sofá esplendido não contou o número de vagões na hora do trem passar. Enfim, digo, o começo: Ano novo, vida nova, tudo de novo (sei, disse isso a pouco) e lá vamos nós no ranking de largada, maratonas, e o que mais vier por aí passado o Natal com o glorioso, marcante e vibrante din gon bel. Dou-lhe uma, dou-lhe duas... Ou não vamos falar logo de cara sobre o que já foi dito antes e que a primeira versão ainda é a que fica? E não é que li em primeira mão (após um milhão de leitores-testemunhas e internautas – idem testemunhas – antes de mim, claro) que depois de garantir “1 bi” (lhão) logo para este começo de 2011 com o futebol, chega a vez da “Vênus Platinada” também estourar mais uma espumante (há quem duvide na economia das Sidras) após comercializar o BBB11 que estreia na casa mais vigiada do Brasil (como apontam aqueles que adoram a vida dos outros). Cada patrocínio vai arcar a bagatela de 16,9 milhões fora os “merchans” aos brothers globais, sem descontar com a participação in vitro das novas “peladinhas”, câmeras de última geração altamente (fo)focadas para o deleite dos enclausurados, edredons e famoso zoom ao estilo privê em alta dimensão? Algo assim que se em HD nos entendemos, hora de espiar, Pedro Bial, hora de espiar, relaxar e... Quê? Coisa do meu mundo virtual e nada mais uma vírgula? Como canta a canção “este ano quero paz no meu coração”, agora ando aceitando verbas quentinhas aqui neste espaço registrado para sair da truncada manivela. Ando torcendo o rabo. Algum leitor se habilita? Quero fazer merchandising, bolas! Tanto é que garantem os mais experts no assunto que falar inglês rende bem mais que as nossas suadas verbas espremidas mensais. Ainda prefiro as “verdinhas”, defendo o verde e o meu amigo Fernando Gabeira “Bananeira”. A dollar please! E se for para depositar no seu cofrinho, ops, passa a régua que eu gosto. Ou não é mui condicional da gente poder afirmar hoje em dia: “tudo posso naquele $$ que me enriquece, hein?” Tô voando baixo... Aliás, como reza também aquele outro ditado que o hábito faz o monge, mas, e o meu pretinho básico, e aquele usado pela “dama de vermelho” – a sexy apetitosa Kelly Lebrock dos anos 80’s – que deixou milhares de seguidoras no túnel do tempo, hein?, indo parar na preferência até da “Nossapresidenta” eleita. Vermelho básico? Estrelado frente às câmeras do “Luz para todos”? Bom. E por falar em filme (como, não tinha falado?) tenha santa malvadeza que já me enviaram um bilhetinho com as pseudos iniciais L.I.L.S. aqui na redação com a ideia do script “Tropa da D.(®) 13 – A (re)iniciação” para concorrer com aquele enlatado do “Filho do Brasil”, ops, que não vendeu nenhum saco de pipoca nos cinemas. Só torresminho a milanesa. Se é mole? É mole mas pode ficar duro e aí, sim, é dos meus graus Celsius Fernandes porque os Fahrenheits esses já se converteram anos luz. E sequer precisaram das bênçãos do padre Quevedo, água benta – nos dois sentidos – nem alho nem óleo. Isto aí, sim, é só naquela novela da emissora do pastor Edir Macedo, os “Mutantes”, que assombram qualquer desenho animado. Muito pelo quê, para quem não morou na jogada, não é nada coisa minha de querer estar enchendo lingüiça por essas entrelinhas aqui, não. E mais aplausos para o nosso deputado federal Francisco Everardo Oliveira (PR-SP), vulgo o Tiririca e vaias para Paulo Maluf (PP) em dia de “diplomados” na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Onde no saldo dos diplomados, ficamos: 94 deputados estaduais, 70 federais, dois senadores além dos suplentes dos suplentes, o governador e o vice do vice. Tudo num pacote fechado só. Com muitos via Sedex 10 direto para a Capital da Esperança. E do que foi consumado perto dos fichas limpas/sujas tão arduamente votado, queriam mais o que? O Congresso funcionando sem uma das suas válvulas-mestras principais, ou pilares, como preferir? Então, o Maluf fica e está acabado. Digo, recomeçado. Sem o Maluf que “negou todas” (não confundir com o bíblico Pedrão que não passou das três negativas antes de inventarem aquele tal detetor que não serve para nada) acreditem, minha gente, agora estamos salvos. Bem mais do que representados naquela honrada Casa, com ou sem os novos inPAcs de “guverno”. Ooops! Ia me esquecendo: Vai um “empréstimo” em nome do bem quase ex (cara e mister presidente) Lula aí, “cumpanheiros”? Colocar a ratueira no bolso a essa altura do campeonato não pode. - Hein? Não ouvi direito, esse meu aparelho anda me matando. Se o ano ora vindouro de 2 mil e 11 promete, ah, e como! Querida, ainda tem mais “malas” (morou na jogada?) e cuias que vamos embarcar made in Beverly Rio de Janeiro, please!
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
|