Julinho Mendes | |
Uma borboleta, talvez mariposa, em sua missão, instinto de dar continuidade a sua espécie, depositou seus ovos no tronco de uma árvore. E depois provavelmente morreu! Já fecundados, o tempo fez o choco, a eclosão e lagartas nasceram. O conjunto, impactante visão e assustadora também. Os olhos de artista, obra de arte vê! Arte da natureza, da infinidade de Deus! Juntas em defesa, pêlos picantes de toxinas mortais. Somente raros e imunizados pássaros, répteis e outros bichos, se servirão de raras, e quem sabe, alucinógenas guloseimas. Desse tronco subirão aos galhos e comerão as fartas verdes folhas. Abastecidas, então, de proteínas e vitaminas clorofiladas, descerão individualizadas a procura de seguro refúgio “invernante”, mutante, e dali à mágica da metamorfose: da fera à bela. Saem então a embelezar a floresta em vôos coloridos, de asas ziguezagueantes, em vidas necessárias, em ciclos reticentes... São assim as borboletas.
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