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COLUNISTA
Julinho Mendes
04/11/2010 - 09h02
Corujando na jaqueira da rampa
 
 
Julinho Mendes 

Se fosse um macuco, já tava num escaldado com batata que nem imagino!

Mas macuco é bicho, ou melhor, é ave esperta, desconfiada, ágil... se entrega apenas ao pio de uma fêmea, que na vontade de fazer amor, às vezes leva chumbo pela cara. (Maldade de caçador.)

Ao contrário do macuco, que não caga no poleiro onde dorme (até nisso o bicho é sábio), a coruja se denuncia pelas cagadas que dá em seu poleiro. É! Quer saber como encontrar uma coruja? Procure primeiro uma árvore escura, sombria; olhe pelo chão e se encontrar cagada de alguma ave, olhe para cima que certamente encontrará uma coruja dormindo.

Foi assim que encontrei a Chiquita, a filha da mãe cagou no capô do meu carro. Ainda bem que foi uma coruja, se fosse um urubu, segundo dizem, teria eu sete anos de azar, mas ao contrário, tive sorte! Não é que dobrando a esquina achei uma nota de cinco reais? Então! Superstições à parte, gosto dos urubus e mais ainda das corujas. Antes de aparecer a Chiquita, tinha uma “ratalhada” no ranchinho nos fundos de minha casa que dava medo. Não é que sumiram todos? Certamente foram o café das 20 horas, o jantar da meia-noite e o chazinho das 4 horas, durante alguns dias, até que...

Até que apareceram boatos, tanto falados quanto “midiados”, que em certa repartição pública municipal havia ratos de porão. Não deu outra! A bichinha, de mala, cuia, garfo e faca, se mandou, sem de despedir e sem agradecer a hospedagem em minha árvore. Ingrata! Fiquei triste por alguns dias, mas não demorou, recebi a notícia de seu paradeiro. Foi localizada em um pé de jaca, em uma certa rampa. Denunciou-se cagando na cabeça de determinado funcionário público, que transeuntava pela rampa da jaqueira. Sorte do funcionário, pois com certeza irá achar algum dinheirinho caído pelo chão. Se for funcionário cupincha, já foi contemplado há muito tempo.

Existem várias espécies de corujas. Não irei dizer que a tal da ilustração acima, é da família das “cagonas”, então, para não cometer tal disparate, recorro-me aos conhecimentos do nosso ornitólogo de plantão, o amigo Carlos Rizzo, para informar precisamente a que família pertence a Chiquita.

Deixo aqui uma ideia para tentar equilibrar a onda de moções: sugiro que criem uma lei para instalar um cabide para capacete (capaceteira), em frente a rampa do paço municipal, para ser usado por quem subir e descer a rampa da jaqueira que dá acesso às seções superiores, evitando assim os excrementos da corujinha Chiquita.

Mas uma coisa é certa, se prevalecer o ditado egípcio: “Em cabeça que coruja cagar, fortuna irá pisar”, vai ter nego até de boca aberta debaixo da jaqueira, subindo e descendo rampa.

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